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Atividades físicas específicas influenciam os melhores hábitos de sono

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Fonte

Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, EUA

Data

domingo, 7 junho 2015 12:55

Áreas

Sono.

Atividades físicas, como caminhadas, aeróbica/ginástica, ciclismo, corrida, levantamento de peso, e ioga/pilates estão associados com melhores hábitos de sono, em comparação com nenhuma atividade, de acordo com um novo estudo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia. O estudo inclui ainda as atividades de jardinagem e a prática do golfe, bastante comuns na cultura americana e também com resultados positivos. Ao contrário, o estudo mostra que outros tipos de atividade física – como atividades domésticas e cuidar de crianças – estão associados ao aumento dos casos de maus hábitos de sono. Os resultados completos deste estudo serão apresentados durante a sessão de pôsteres na segunda-feira, 8 de junho no SLEEP 2015, a 29ª Reunião Anual das Sociedades Profissionais de Sono dos Estados Unidos, realizada em Seattle, EUA.

Já se conhece bem que a atividade física está relacionada com o sono saudável, mas o novo estudo, liderado pelo Prof. Dr. Michael Grandner, professor de Psiquiatria e membro do Centro de Sono e Neurobiologia Circadiana na Universidade da Pensilvânia, leva a novas percepções dos tipos específicos de atividades físicas que podem impactar a qualidade do sono.

Usando dados sobre sono e atividades físicas de 429.110 pessoas adultas, os pesquisadores mediram se cada um dos tipos de atividades foi associado a uma quantidade típica de sono, em relação a pessoas que não fizeram nenhuma atividade física ou que apenas caminharam. As pessoas que participaram da pesquisa responderam que tipo de atividade física mais foi realizada no mês anterior, e também quanto dormiram em um típico período de 24 horas. Uma vez que estudos anteriores mostraram que as pessoas que dormem menos de 7 horas possuem maior risco de problemas de saúde, o estudo avaliou se as pessoas que relataram atividades específicas eram mais propensos a relatar também o sono suficiente.

Em comparação com aqueles que relataram que não fizeram atividade física, todos os tipos de atividade, exceto tarefas domésticas e cuidar de crianças foram associados a uma menor probabilidade de sono insuficiente. Para avaliar se estes efeitos são apenas resultado de qualquer atividade, os resultados foram comparados com aqueles que haviam apenas caminhado como sua principal fonte de atividade. Em comparação com apenas caminhando, aeróbica/ginástica, ciclismo, corrida, musculação e ioga/ pilates foram associados com menos casos de sono insuficiente, e atividades domésticas / cuidar de crianças foram associados a mais casos de sono insuficiente. Estes resultados foram ajustados para idade, sexo, nível de escolaridade, e índice de massa corporal.

“Embora a pesquisa anterior tenha mostrado que a falta de exercício está associada com falta de sono, os resultados deste estudo foram surpreendentes”, disse Grandner. “Este estudo mostra que não só aqueles que simplesmente caminham são mais propensos a ter melhores hábitos de sono, mas estes resultados são mais intensificados em praticantes de atividades específicas, como corrida e ioga. Foi também interessante que as pessoas cujas principais atividades foram o trabalho doméstico e o cuidado de crianças eram mais propensos a experimentar o sono insuficiente. Nós sabemos que preocupações com casa e trabalho são algumas das principais razões que fazem as pessoas perderem o sono “.

“Estes resultados são consistentes com a crescente literatura científica sobre o papel do sono no desempenho humano“, disse Grandner. “Estudos de laboratório mostram que a falta de sono está associada com baixo desempenho físico e mental, e este estudo mostra-nos que isto é consistente com dados do mundo real também. Uma vez que estes estudos são correlacionais, mais estudos são necessários para nos ajudar a compreender se determinados tipos de atividade física podem realmente melhorar ou piorar o sono, e como os hábitos de sono ajudam ou prejudicam a capacidade da pessoa de se envolver em tipos específicos de atividade. ”

Fonte: Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, EUA. Imagem: Shutterstock.

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