Notícia
Estudos aprimoram uso da microtecnologia na biomedicina
Plataformas microfluidas podem melhorar confiabilidade e precisão em medicamentos e análises
Divulgação, USP
Pesquisa do Prof. Dr. Adriano Mesquita Alencar, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP), em parceria com Luciana Ramos, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e com o Prof. Dr. Arnan Mitchell, da RMIT University (Austrália) irá estudar a fabricação de plataformas microfluidas para pesquisas biomédicas utilizando cerâmicas sinterizadas em baixa temperatura (LTCC). O projeto está entre as seis propostas selecionadas recentemente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na primeira chamada conjunta para projetos de intercâmbio entre pesquisadores do Estado de São Paulo e a Australian Technology Network of Universities (ATN), no âmbito do acordo de cooperação científica firmado entre as duas instituições.
Segundo o professor Alencar, a parceria de pesquisa estabelecida entre o IFUSP, a RMIT University, da Austrália e o IPT, visa explorar o uso de microtecnologia para o estudo de fenômenos biomédicos. Essa tecnologia de microfluídica integrada a estruturas de microeletrônica permite, por exemplo, estudar a separação e manipulação de partículas com volumes da ordem de picolitros.
Precisão
Essa quantidade mínima está vinculada com a precisão que se tem para medir essas quantidades. Usualmente as unidades utilizadas são mililitros (1/1,000 do litro). Com a microfluídica, consegue-se gotas da ordem de picolitro (1/1,000,000,000,000 do litro). Dessa forma, pode-se multiplicar a velocidade de reação dos reagentes e a precisão, com enorme economia de materiais. Para o professor, é esperado que os resultados finais deste projeto permitam a criação de dispositivos em miniatura capazes de manipular e selecionar células e fluídos biológicos para pesquisas, completamente embalados em dispositivos microscópicos, com alta confiabilidade e uso a longo prazo. Este projeto também irá focar no desenvolvimento de plataformas microfluídicas para o estudo das propriedades reológicas de células vivas, um ramo da ciência denominado “órgão em um chip”.
O alcance da pesquisa com a microfluídica está relacionado com a sua aplicabilidade imediata, algumas empresas farmacêuticas já utilizam essa tecnologia para fazer medicamentos com maior precisão. Nesse caso, para a empresa há redução de custos, pois diminui o desperdício de matérias primas e para o paciente, existe a diminuição a exposição ao risco de ingerir mais medicamento do que precisa.
Fonte: Assessoria de Comunicação do IFUSP. Agência USP de Notícias. Imagem: Divulgação, USP.
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