Notícia
Ferramenta de triagem de autismo se torna global
Estudo investigou os efeitos da tradução e adaptação cultural da ferramenta de triagem do TEA para uma população de língua espanhola
Freepik (imagem gerada por inteligência artificial)
Fonte
Universidade Flinders
Data
domingo, 9 junho 2024 16:40
Áreas
Biologia. Comportamento. Diagnóstico. Neurociências. Psicologia. Saúde Pública.
Pesquisadores da Universidade Flinders, na Austrália, estão animados com a aceitação mundial de sua ferramenta de triagem precoce para crianças com suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A ferramenta de triagem precoce, conhecida como Autism Detection in Early Childhood (ADEC)– ou ‘Detecção do Autismo na Primeira Infância -, já está disponível na Austrália e agora está disponível gratuitamente para países com poucos recursos, como Indonésia, México, China e Equador.
Um estudo publicado recentemente na revista científica Journal of Autism and Mental Health Disorders investigou os efeitos da tradução e adaptação cultural da ferramenta de triagem para uma população de língua espanhola no Equador.
“O ADEC é uma ferramenta fácil de usar, que requer treinamento adicional limitado, fornecendo uma maneira econômica de identificar crianças que podem ter alta probabilidade de desenvolver autismo”, diz a Dra. Robyn Young, professora da Faculdade de Educação, Psicologia e Serviço Social da Universidade Flinders.
“Embora muitas ferramentas tenham sido desenvolvidas em países de língua inglesa, a triagem em países com outras línguas requer adaptação cultural e linguística específica. Esperamos que a adaptação do ADEC para países de poucos recursos permita diagnósticos e suporte mais eficientes, confiáveis e econômicos”, disse a professora.
O Transtorno do Espectro Autista, ou autismo, é uma condição complexa do neurodesenvolvimento caracterizada por desafios na interação social, comunicação e comportamentos restritos ou repetitivos. A prevalência global do autismo é estimada em cerca de 1 em 39, tornando-o um dos transtornos do neurodesenvolvimento mais comuns.
O diagnóstico precoce — dos 18 aos 24 meses de idade — é fundamental para melhorar os resultados para crianças com autismo. Ele fornece oportunidades de suporte precoce que podem impactar positivamente a linguagem, o funcionamento cognitivo e socioemocional.
Pesquisadores da Universidade Flinders trabalharam em estreita colaboração com uma equipe liderada pela professora Robyn Young, com sede no Equador, para ajudar a melhorar os métodos de diagnóstico para autismo em crianças locais.
O estudo piloto traduziu e adaptou culturalmente a versão original do ADEC para a população de Guayaquil (Equador) para uma amostra de 613 crianças de 18 a 48 meses, das quais 23 foram diagnosticadas com autismo (3,75%).
A professora Young disse que as descobertas indicaram que o ADEC pode ser adaptado para culturas que não falam inglês, mas que ainda precisa ser feito mais: “Embora o estudo tenha sido bem-sucedido, melhorar o diagnóstico não simplifica as dificuldades que as pessoas autistas têm para acessar suporte, particularmente em países de nível socioeconômico baixo”.
“A detecção precoce só faz sentido se houver a possibilidade de desenvolver suporte precoce, então nossos próximos passos serão investigar os efeitos dos programas de suporte precoce implementados em países de poucos recursos que não falam inglês, como o Equador”, concluiu a Dra. Robyn Young.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Flinders (em inglês).
Fonte: Universidade Flinders. Imagem: Freepik (imagem gerada por inteligência artificial).
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