Notícia

Análise identifica 50 novas regiões genômicas associadas ao risco de câncer renal

Resultados poderão ser utilizados para avançar a compreensão da base molecular do câncer renal

Wikimedia Commons (com adaptação)

Fonte

NCI/NIH | Instituto Nacional de Câncer, Institutos Nacionais de Saúde dos EUA

Data

sexta-feira, 3 maio 2024 16:15

Áreas

Biologia. Biomedicina. Genética. Genoma. Medicina. Nefrologia. Oncologia. Saúde Pública.

Em uma nova análise da susceptibilidade genética ao câncer renal, uma equipe internacional de pesquisadores identificou 50 novas áreas em todo o genoma que estão associadas ao risco de desenvolver câncer nos rins.

Estas informações poderão um dia ser utilizadas para avançar a compreensão da base molecular do câncer renal, melhorar os esforços de rastreio daqueles com maior risco e identificar novos alvos de medicamentos. O estudo foi liderado por cientistas do Instituto Nacional de Câncer dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NCI/NIH).

Um estudo de associação genômica ampla (GWAS) anterior que considerou pessoas de ascendência europeia identificou 13 regiões do genoma que estariam associadas ao risco de câncer renal. No entanto, a população do estudo não era diversificada. Para identificar regiões adicionais, os pesquisadores realizaram um GWAS em participantes de muitas ascendências genéticas diferentes, que incluíram 29.020 pessoas com câncer renal e 835.670 pessoas sem câncer renal. A análise dos dados, provenientes de estudos publicados, biobancos e um novo estudo, resultou na identificação de 50 novas regiões associadas ao risco de desenvolver câncer renal, elevando o número total dessas regiões para 63.

Entre as variantes genéticas recentemente identificadas estão várias associadas ao risco de desenvolvimento de carcinoma papilar de células renais, o segundo subtipo mais comum de carcinoma de células renais. Outra variante, no gene VHL, parece comum em indivíduos de ascendência africana e esta associada a um risco estimado três vezes superior de desenvolver carcinoma de células renais de células claras, o tipo mais comum de câncer renal.

Finalmente, os pesquisadores utilizaram os dados do estudo para desenvolver uma medida do risco global de um indivíduo desenvolver câncer renal, conhecida como pontuação de risco poligênico, que pode ser combinada com fatores de risco estabelecidos – tais como hipertensão, tabagismo e um alto valor de IMC (índice de massa corpórea) – para possivelmente permitir a detecção mais precoce da doença.

O Dr. Mark P. Purdue, pesquisador da Divisão de Epidemiologia e Genética do Câncer do NCI/NIH, é o primeiro autor do artigo publicado na revista científica Nature Genetics.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Instituto Nacional de Câncer dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (em inglês).

Fonte: NCI Press Office. Imagem: Wikimedia Commons (com adaptação).

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