Notícia

Na Europa, projeto pretende revolucionar tratamento de doenças neurológicas com estimulação cerebral profunda

A equipe do projeto BRAINSTORM espera que os resultados da pesquisa possam tratar, ou mesmo curar, condições como depressão, ataques de pânico, epilepsia, doença de Alzheimer ou doença de Parkinson

Projeto BRAINSTORM

Fonte

Universidade de Glasgow

Data

quarta-feira, 23 agosto 2023 17:10

Áreas

Bioeletrônica. Bioengenharia. Biologia. Biomateriais. Engenharia Biomédica. Envelhecimento. Física Médica. Medicina. Neurociências. Neurologia. Psiquiatria. Saúde Mental. Saúde Pública. Sistemas de Controle.

Pesquisadores da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, fazem parte de um projeto europeu que visa desenvolver um novo método revolucionário de tratamento de uma vasta gama de doenças neurológicas.

O projeto Wireless Deep Brain Stimulation Through Engineered Multifuncional Nanomaterials (BRAINSTORM) está se preparando para desenvolver pequenos ímãs injetáveis que poderiam ajudar a restaurar a função de neurônios danificados no cérebro dos pacientes.

A equipe do projeto BRAINSTORM espera que os resultados da pesquisa possam tratar, ou mesmo curar, condições como depressão, ataques de pânico, epilepsia, doença de Alzheimer ou doença de Parkinson.

Os ímãs em nanoescala que a equipe desenvolverá serão eventualmente injetados na corrente sanguínea de roedores em um estudo pré-clínico e controlados usando ímãs externos para fornecer neuroestimulação a neurônios específicos em seus cérebros.

A neuroestimulação, que utiliza correntes elétricas ou campos magnéticos para modular a atividade dos nervos ou circuitos neurais, já está em uso para tratar uma variedade de doenças relacionadas ao cérebro, muitas vezes acompanhada de cirurgias para implantar os eletrodos que administram os tratamentos.

Nos próximos quatro anos, pesquisadores da Universidade de Glasgow farão parceria com colegas da Alemanha, Itália, Espanha e Finlândia para desenvolver a tecnologia BRAINSTORM, que poderá proporcionar melhores resultados com técnicas menos invasivas.

O projeto é apoiado por 3 milhões de euros (cerca de R$ 16 milhões) do programa Pathfinder do Conselho Europeu de Inovação. O programa Pathfinder fornece financiamento para pesquisadores desenvolverem tecnologias inovadoras emergentes.

O Dr. Hadi Heidari, professor de Nanoeletrônica na Escola de Engenharia da Universidade de Glasgow, está liderando a contribuição da universidade para o projeto BRAINSTORM. O pesquisador e sua equipe do Laboratório de Microeletrônica desenvolverão um dispositivo semelhante a um capacete que usará ímãs para controlar o posicionamento de nanomateriais, permitindo que tratamentos de neuromodulação sejam direcionados com precisão no cérebro.

“A neuromodulação é um tratamento que tem demonstrado grande potencial para tratar muitas doenças. No entanto, nossos métodos atuais de administração de neuromodulação podem exigir cirurgias invasivas para implantar eletrodos, o que pode ser caro, doloroso e expor os pacientes a um risco aumentado de infecção. O BRAINSTORM é uma nova e excelente oportunidade para repensar a forma como a neuromodulação sem fio é fornecida. Baseada nos recentes avanços na nanofabricação de bobinas magnéticas, na ciência dos materiais e na medicina, [a neuromodulação] pode nos permitir encontrar novas formas de ‘ligar’ ou ‘desligar’ com precisão a atividade neuronal para efeitos terapêuticos”, explicou o professor Hadi Heidari.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Glasgow (em inglês).

Fonte: Universidade de Glasgow. Imagem: Projeto BRAINSTORM.

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