Notícia

Hospital da Unimontes implementa novo projeto de consumo de oxigênio

Propósito é conscientizar as pessoas sobre o uso correto do gás medicinal

Divulgação, Unimontes

Fonte

Unimontes | Universidade Estadual de Montes Claros

Data

sexta-feira, 23 junho 2023 11:55

Áreas

Fisioterapia. Gestão Hospitalar. Hematologia. Medicina. Medicina Intensiva. Pneumologia.

O Hospital Universitário Clemente de Faria (HU Unimontes), vinculado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), desenvolveu o Projeto ‘Menos é Mais’, com o objetivo de capacitar e conscientizar os profissionais de saúde do hospital, acompanhantes e familiares, sobre a disposição correta de oxigênio durante o período de internação do paciente.

“Para o paciente internado que necessita de oxigênio, a disposição correta desse gás medicinal é fundamental. Os níveis de saturação precisam ser observados caso a caso e a dispensação de oxigênio precisa ser calculada”, informou Marney Regina Ribeiro Lima Charriton, fisioterapeuta, coordenadora da equipe de Fisioterapia do HU Unimontes e responsável pelo projeto.

Na implementação do Projeto ‘Menos é Mais’ foi considerado que o oxigênio, elemento essencial para a vida, também é fundamental nas intervenções clinicas no ambiente hospitalar. No entanto, uma das principais causas de complicações no quadro de saúde dos pacientes internados é a hiperoxemia, excesso de oxigênio no sangue, que provoca a hiperacidez na corrente sanguínea. Para o devido controle, são colocadas placas de identificação da saturação prescrita para cada paciente, às quais os profissionais de saúde deverão seguir.

Consumo consciente

A profusão de oxigênio não significa que o paciente respire bem. Um estudo orientado pela Sociedade Torácica Britânica (STB), chefiada pelo especialista em doenças respiratórias Dr. Ronan O’Driscoll, demonstrou que o oxigênio precisa ser entendido como um medicamento e, por isso, deve ser administrado na dosagem correta, uma vez que o excesso de oxigênio danifica o tecido pulmonar, podendo provocar insuficiências respiratórias e, até mesmo, levar à morte.

Sob o prisma da eficiência do gasto público, o consumo orientado de oxigênio também é um fator econômico, pois otimiza o aproveitamento do gás, evita desperdícios e prolonga o tempo de utilidade de um mesmo recipiente.

O projeto ‘Menos é Mais’ é voltado para a disseminação de informações e evidências para toda a equipe hospitalar, para esclarecer sobre os efeitos negativos da superfluidez do oxigênio para o paciente, sobre os avanços e melhorias alcançados, sobre a evolução do trabalho desenvolvido no hospital e a respeito da responsabilidade para com o bem público. Para isso, a equipe de fisioterapia do HU Unimontes fomentará reuniões, mensagens eletrônicas, aulas, visitas aos leitos, materiais gráficos capazes de ilustrar os objetivos da ação e acompanhamentos das novas práticas de aplicação.

Resultados alcançados

O Dr. Paulo Fernando Aguiar, médico responsável pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto do HU Unimontes, salientou que o projeto ‘Menos é Mais’ beneficia os usuários, pois previne danos provocados pelos altos níveis de oxigênio no sangue. Dentro disso, ele destacou que “o envolvimento de toda a equipe da UTI no processo garantiu a conscientização sobre o conceito de oxigênio aplicado na medida certa”.

“Notamos que, com a oferta de oxigênio de maneira ajustada às necessidades do paciente, reduzimos os níveis de atelectasia (colapsos nos pulmões, frequentemente identificados em pacientes que passaram por cirurgias), de vasoconstrição cerebral (cefaleias), entre outras situações que ocorrem numa UTI”, observou o médico intensivista.

Na UTI Neonatal do HU Unimontes, também foram verificados resultados positivos em recém-nascidos com as medidas do Projeto. O médico e professor Dr. Maurício Marcelo Costa, ressaltou que “a iniciativa da fisioterapia, em promover o uso do oxigênio de forma racional, buscando atingir alvos seguros de oxigenação, já mostra os primeiros resultados: lesões pulmonares e retinianas se tornaram menos frequentes e, quando ocorridas, menos graves”.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Estadual de Montes Claros.

Fonte: Ascom Unimontes. Imagem: Divulgação, Unimontes.

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