Notícia

Novo ultrassom 3D pode melhorar precisão de tratamento do câncer de fígado

Reprodução, Lawson Health Research Institute

Fonte

Universidade Western

Data

terça-feira, 31 janeiro 2023 16:25

Áreas

Bioengenharia. Biologia. Biomedicina. Engenharia Biomédica. Física Médica. Imagens Médicas. Medicina. Oncologia. Robótica. Saúde Pública.

Um estudo simulado por pesquisadores da Universidade Western e do Lawson Health Research Institute descobriu que um novo sistema que usa ultrassom para construir imagens 3D pode tornar o tratamento do câncer de fígado, usando ablação térmica, mais preciso.

O câncer de fígado é a quarta principal causa de morte por câncer no mundo. Embora a cirurgia seja uma opção de tratamento, a ablação térmica – usando calor para destruir o tumor cancerígeno – pode ter menos complicações e um tempo de recuperação mais curto, além de ser uma opção para pacientes que não são candidatos à cirurgia por vários motivos. A ablação térmica também requer a colocação precisa da agulha para tratar o câncer sem danificar os órgãos vitais e os vasos sanguíneos ao seu redor.

“É muito importante colocar a agulha bem no centro do tumor”, disse o Dr. Derek Cool, professor da Escola de Medicina e Odontologia da Universidade Western, cientista associado do Lawson Institute e radiologista intervencionista do London Health Sciences Centre (LHSC). “Se a área de tratamento não cobrir totalmente o tumor, os pacientes ficam com uma pequena quantidade de câncer residual, com risco de recorrência e necessidade de tratamento adicional.”

Ultrassom ou tomografia computadorizada são normalmente usados para guiar a colocação da agulha, mas ambos são limitados. O ultrassom está amplamente disponível e pode ser feito em tempo real, mas fornece apenas uma imagem 2D. Embora uma tomografia computadorizada forneça uma imagem 3D, ela não é em tempo real e este pode ser um processo demorado.

“Desenvolvemos um novo método de ultrassom 3D que se mostra promissor ao analisar se o tumor hepático completo será removido pelo procedimento”, explicou o Dr. Aaron Fenster, também professor da Universidade Western. “E agora estamos usando o mesmo sistema para guiar a agulha diretamente ao centro do tumor”, completou o pesquisador.

Para criar as imagens de ultrassom 3D, uma base robótica move uma sonda de ultrassom padrão, coletando imagens e empilhando-as como peças de um quebra-cabeça.

O estudo simulado, publicado na revista científica IEEE Transactions on Medical Imaging, usou dados de 14 casos de pacientes no LHSC para analisar a precisão da tecnologia. Os pesquisadores descobriram que, com imagens padrão, 64,3% dos casos mostraram ablação completa do tumor, enquanto o novo sistema pode resultar em cobertura completa para 92,9% dos casos (13 de 14 casos). Os pesquisadores descobriram que o único caso restante poderia se beneficiar do aumento do tempo ou intensidade da ablação.

“Nosso próximo passo é passar dos estudos de simulação para um ensaio clínico”, disse o professor Derek Cool.

Se comprovadamente eficaz, a portabilidade do sistema de ultrassom robótico poderia permitir um uso mais amplo de imagens de ultrassom 3D, inclusive em centros de saúde menores. Ao eliminar a necessidade de tomografias computadorizadas, também pode ajudar a reduzir os tempos de espera de geração de imagens.

“Se um ensaio clínico mostrar que a abordagem é mais exata e precisa do que as técnicas convencionais, haverá um impacto direto no atendimento ao paciente. Esperamos explorar a comercialização para licenciar a tecnologia e distribuí-la mundialmente”, concluiu o Dr. Aaron Fenster.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Western (em inglês).

Fonte: Lawson Health Research Institute via Universidade Western. Imagem: Reprodução, Lawson Health Research Institute.

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