Notícia
Novos métodos em cirurgia vascular salvam vidas
Atualmente, condições médicas na maior parte da aorta podem ser tratadas com métodos cirúrgicos menos invasivos, geralmente com redução de 50% na mortalidade e recuperação mais rápida
Mikael Wallerstedt, Universidade Uppsala
Fonte
Universidade Uppsala
Data
terça-feira, 13 dezembro 2022 06:30
Áreas
Bioengenharia. Biomecânica. Cardiologia. Cirurgia. Engenharia Biomédica. Medicina.
Um aneurisma da aorta é uma doença silenciosa que não apresenta pré-sintomas. Se o aneurisma na artéria se romper, ocorre uma grande hemorragia interna, que pode colocar a vida em risco. A doença é uma das principais causas de morte em idosos, mas também pode afetar os mais jovens.
O Dr. Kevin Mani, médico e professor de Cirurgia Vascular, desenvolveu técnicas cirúrgicas em cirurgia aórtica com seu grupo de pesquisa, como tecnologia a laser e cirurgia minimamente invasiva. É um método que envolve entrar no sistema vascular através de uma artéria na virilha para fortalecer os vasos na aorta. Há uma grande diferença para a cirurgia aberta clássica através do abdome e tórax, onde os vasos também precisam ser ‘desligados’.
“Atualmente, podemos tratar doenças muito avançadas”, disse o Dr. Kevin Mani. A operação mais perigosa é operar os vasos mais próximos do coração no arco aórtico ou do cérebro e agora podemos fazer isso usando métodos minimamente invasivos, por meio de pequenas incisões na virilha. Esse desenvolvimento ocorreu nos últimos cinco anos. Antes, as operações na aorta eram muito perigosas para pacientes com 75 anos ou mais. Agora, um em cada quatro pacientes com mais de 80 anos pode viver muitos anos mais.
“Como cirurgião, pode ser preocupante operar um paciente jovem com um risco de 20% de ter complicações realmente graves com risco de vida. Hoje, atingimos o objetivo de reduzir significativamente o risco das cirurgias. É um alívio tanto para o paciente e familiares quanto para nós cirurgiões – e um grande desenvolvimento em si”, destacou o cirurgião.
Tratamento personalizado
O Centro de Excelência em doença aórtica da Suécia é administrado pela Universidade Uppsala e pelo Hospital Universitário de Uppsala, onde os pacientes recebem tratamento individualizado por meio da colaboração multidisciplinar.
“Também temos um trabalho de registro internacional em andamento no centro. É uma colaboração entre 13 países que analisam os dados e avaliam os resultados de todas as operações usando novas técnicas. O conhecimento tem um valor significativo – estamos melhorando em prever quais pacientes podem se beneficiar de um procedimento, um pouco como ter acesso a uma bola de cristal antes de uma cirurgia”, continuou o Dr. Kevin Mani.
O grupo de pesquisa em cirurgia vascular consiste em uma grande rede de pesquisadores clínicos e pré-clínicos. Entre outras coisas, existe um programa de colaboração global, o Uppsala Aortic Fellowship, onde médicos da Ásia, Europa, Nova Zelândia e EUA receberam treinamento sobre os métodos cirúrgicos empregados em Uppsala e contribuíram para vários projetos de pesquisa.
“Nós treinamos jovens pesquisadores clinicamente e em como conduzir pesquisas e eles contribuem com suas experiências de diferentes partes do mundo. Também temos vários projetos empolgantes em andamento junto com [o Dr.] Dick Wågsäter, professor do Departamento de Biologia Celular Médica. O objetivo é encontrar um tratamento médico e um medicamento que possa interromper o crescimento de um aneurisma da aorta e evitar que ele se rompa. Os pacientes, então, não teriam que ser submetidos a cirurgia no futuro”, concluiu o Dr. Kevin Mani.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Uppsala (em inglês).
Fonte: Cecilia Yates, Universidade Uppsala. Imagem: Todos os anos, mais de 500 pacientes são operados de doenças da aorta no Centro de Excelência da Universidade Uppsala, na Suécia. Fonte: Mikael Wallerstedt, Universidade Uppsala.
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