Notícia

Projeto OpenCare do Inova HC incorpora 5G para melhorias em medicina a distância

Professor Moacir Martucci Júnior, coordenador do projeto, explicou que, para um setor com impacto social como a saúde, será possível atender mais pacientes em locais remotos

Shutterstock

Fonte

Jornal da USP

Data

sábado, 17 setembro 2022 13:10

Áreas

Bioinformática. Engenharia Biomédica. Física Médica. Gestão da Saúde. Gestão Hospitalar. Imagens e Diagnóstico. Medicina. Saúde Pública. Telemedicina.

O Projeto OpenCare 5G, coordenado pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (Inova HC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), utiliza redes abertas 5G para levar saúde aos locais mais remotos do País. O Dr. Moacyr Martucci Júnior, professor da Escola Politécnica da USP (EPUSP), é um dos líderes do projeto, que ainda está em fase de testes.

Um setor com impacto social como a saúde demanda melhorias no que diz respeito ao acesso mais facilitado a todos. A proposta de incorporar a tecnologia 5G, que possibilita maior velocidade e volume de dados veiculados ao atendimento da população, por meio da medicina a distância, surge com a prerrogativa de acelerar a implantação da tecnologia da quinta geração de dados móveis a custos mais baixos do que o modelo tradicional na indústria. A partir dela, seriam realizadas consultas, ultrassons e até mesmo cirurgias.

Na prática, o professor ressaltou que os trabalhos em medicina seriam desenvolvidos com o diagnóstico por imagem em ultrassom. Daí a questão envolvendo o 5G, que proporciona maior banda, um dos pontos que o professor destaca serem necessários para facilitar o tráfego de informações em tempo real, indispensável na realização dos procedimentos médicos.

Uma outra questão mencionada pelo professor Moacyr Martucci é a latência ou tempo de resposta da comunicação entre a máquina e o médico no processo de coleta de informações do paciente, que é melhorada com a tecnologia: “Na mesma hora que está acontecendo [o ultrassom], não pode ter um atraso. Imagina o médico pilotando ultrassom remotamente e atrasa. Esse atraso pode criar confusão”, ressaltou o professor.

Próximos passos

A quinta geração de dados móveis permite latências na ordem de um milissegundo. Isso possibilita uma gama de procedimentos e operações a distância, mas que, para o professor, ainda demanda testes menos invasivos: “Cirurgias, por exemplo. O primeiro passo é fazer a prova em algo que não seja muito invasivo, ou não muito perigoso”, explicou o Dr. Moacyr Martucci.

Mesmo com os instrumentos tecnológicos necessários, e com todos os componentes para a ‘hélice da inovação’, que envolvem a inovação de campo, pesquisa e desenvolvimento e o usuário, o professor estima que levará cerca de dois anos para a implementação da tecnologia.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Jornal da USP no Ar. Imagem: Shutterstock.

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