Notícia

Pesquisadores desenvolvem novo conceito baseado na respiração para transformar o acesso a próteses de mão

Nova mão ‘movida a ar’ fornece uma opção protética de baixa manutenção e fácil de usar, particularmente adequada para crianças em países de baixa e média renda

Vikranth H. Nagaraja, Jhonatan da Ponte Lopes e Jeroen H. M. Bergmann/Revista Prosthesis

Fonte

Universidade de Oxford

Data

quinta-feira, 4 agosto 2022 06:50

Áreas

Biomecânica. Engenharia Biomédica. Inclusão Social. Órteses e Próteses. Ortopedia.

Uma nova prótese de mão revolucionária, alimentada e controlada pela respiração do usuário foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. O dispositivo simples e leve oferece uma alternativa às próteses acionadas por cabo Bowden inicialmente desenvolvidas no início do século 19. A nova abordagem, publicada na revista científica Prosthesis, fornece um dispositivo alternativo movido pelo próprio corpo para usuários em situações em que custo, manutenção, conforto e facilidade de uso são considerações primárias.

O Dr. Jeroen Bergmann, professor do Departamento de Ciências da Engenharia da Universidade de Oxford e autor sênior do artigo, disse: “Nosso dispositivo movido à respiração fornece uma nova opção protética que pode ser usada sem limitar nenhum dos movimentos do corpo do usuário. É uma das primeiras abordagens de projeto verdadeiramente novas para poder  controlar uma prótese acionada pelo corpo desde o surgimento do sistema acionado por cabo há mais de dois séculos”.

Embora existam várias opções protéticas diferentes, pouco progresso foi feito no desenvolvimento de novas abordagens no controle de dispositivos movidos pelo corpo em comparação com próteses sofisticadas de alimentação externa.

A prótese funcional de membro superior mais amplamente utilizada continua sendo o sistema alimentado por cabo acionado pelo corpo – que pode ser proibitivamente caro de possuir e manter em ambientes de poucos recursos devido aos custos associados ao ajuste e manutenção profissional necessários.

Ao regular a respiração, os usuários acionam uma pequena turbina Tesla construída especificamente para esse fim, que pode controlar com precisão os movimentos dos dedos protéticos. O volume de ar necessário para alimentar a unidade pode ser alcançado por crianças pequenas e a engrenagem na unidade determina a velocidade da ação de agarrar.

Livre de cabos e chicotes, o aparelho é leve e adequado para crianças e adolescentes que ainda estão em crescimento. Manutenção e treinamento mínimos são necessários para facilidade de uso em comparação com outras opções protéticas.

Os pesquisadores têm trabalhado com a LimbBo, uma instituição de caridade líder no Reino Unido para crianças com diferenças nos membros, para desenvolver e refinar o dispositivo.

Um porta-voz da Mobility India, uma ONG com sede em Bengaluru, na Índia, trabalhando com os pesquisadores em testes de usuários, disse: “A prótese movida a respiração (Airbender) tem o potencial de ampliar as opções protéticas para crianças e adolescentes, especialmente na Índia e outros países em desenvolvimento que carecem de tecnologia apropriada”.

“Estima-se que mais de 40 milhões de indivíduos em todo o mundo tenham diferenças nos membros – a maioria sem acesso a qualquer forma de tratamento protético. Além disso, as próteses de membros superiores atualmente disponíveis para os pacientes muitas vezes não são acessíveis nem apropriadas, especialmente em ambientes de poucos recursos. Esperamos que nossa pesquisa represente uma mudança radical para tornar as próteses mais amplamente acessíveis e ajudar a superar os desafios com as opções atuais”, disse o Dr. Vikranth H. Nagaraja, primeiro autor do estudo e pesquisador do Departamento de Ciências da Engenharia da Universidade de Oxford.

O Dr. Jhonatan da Ponte Lopes, coautor do estudo, é engenheiro mecânico formado e com mestrado pela Universidade de Brasília (UnB), além de doutorado concluído na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Oxford (em inglês).

Fonte: Universidade de Oxford. Imagem: Modelo de demonstração executando a função de segurar uma caneta. Fonte: Vikranth H. Nagaraja, Jhonatan da Ponte Lopes e Jeroen H. M. Bergmann/Revista Prosthesis.

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