Notícia
Pesquisadores estão projetando máquinas com inteligência artificial para trabalhar com segurança em ambientes hostis
Nova geração de robôs inteligentes pode atuar de modo autônomo em ambientes de grande perigo para humanos, como em usinas nucleares desativadas
Divulgação, Universidade de Manchester
Fonte
Universidade de Manchester
Data
domingo, 29 maio 2022 12:05
Áreas
Inteligência Artificial. Robótica.
Uma nova geração de robôs inteligentes está sendo desenvolvida na Universidade de Manchester, no Reino Unido. A ideia é que estes robôs inteligentes possam ser confiáveis para pensar e agir por si mesmos em alguns dos lugares mais perigosos da Terra.
Os sistemas ‘robóticos quentes’ (hot robotics) foram originalmente projetados para funcionar em ambientes radioativos encontrados em reatores nucleares desativados – mas as atribuições futuras para esse tipo de supermáquina incluirão implantação em energia de fusão nuclear, setor de energia offshore, agricultura e até mesmo no espaço sideral.
Como parte de um ambicioso programa de Pesquisa e Desenvolvimento para manter a liderança do Reino Unido em tecnologias robóticas, os especialistas de Manchester estão aplicando tecnologias de Inteligência Artificial à ‘robótica quente’, pois precisarão cada vez mais agir independentemente de operadores humanos à medida que entram em uma variedade de zonas de perigo para realizar tarefas altamente complexas.
Um desafio importante na indústria nuclear é melhorar a autonomia dos robôs para que a tecnologia possa ser usada para fornecer descomissionamento mais seguro, rápido e barato de usinas de energia herdadas e outras instalações radioativas.
Para apoiar esse desafio, a Robotics and AI Collaboration (RAICo) foi estabelecida como um programa de pesquisa conjunto entre a Universidade de Manchester, a Agência de Energia Atômica do Reino Unido (UKAEA), a Sellafield [usina de reprocessamento de material nuclear], a Autoridade de Desativação Nuclear e o Laboratório Nuclear Nacional do Reino Unido. O objetivo é desenvolver soluções avançadas de robótica e IA e transferi-las para locais da Autoridade de Desativação Nuclear no Reino Unido.
Além de apoiar a indústria de descomissionamento nuclear, a RAICo também fornecerá um piloto para o desenvolvimento e aplicação de sistemas robóticos sofisticados em outros setores – um relatório recente estima que o tamanho total do mercado do Reino Unido para sistemas robóticos autônomos chegará a quase £ 3,5 bilhões (cerca de R$ 21 bilhões) até 2030.
O envolvimento acadêmico na RAICo está sendo liderado pelo professor Dr. Barry Lennox e sua equipe na Universidade de Manchester. O grupo lidera o hub Robotics and Artificial Intelligence for Nuclear (RAIN) e também faz parte do Centro de Inteligência Artificial e Robótica de Manchester.
“A inclusão da Inteligência Artificial ocorre porque o objetivo é desenvolver sistemas automatizados que possam operar com muito mais eficiência do que se fossem operados por pessoas”, explicou o professor Barry Lennox. “Dentro da RAICo, estamos procurando como melhorar a operação dos sistemas remotos de manipulação e inspeção. Estamos ajudando [a usina] Sellafield e outros usuários finais nucleares a desenvolver a próxima geração de equipamentos remotos de levantamento e manuseio para que possam melhorar suas operações.”
O professor Lennox explicou que Manchester é líder mundial em projetar e desenvolver sistemas autônomos por meio da aplicação de tecnologias de Inteligência Artificial, como o aprendizado de máquina, para melhorar significativamente os sistemas robóticos.
O grupo RAIN, liderado por Manchester, construiu sua experiência depois de ser pioneiro em uma série de sistemas robóticos resilientes para realizar trabalhos em muitas das usinas nucleares desativadas do Reino Unido – conseguindo realizar um trabalho muito perigoso para os humanos.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Manchester (em inglês).
Fonte: Universidade de Manchester. Imagem: Divulgação, Universidade de Manchester.
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