Notícia
Estudo destaca importância da fisioterapia especializada na recuperação pós-COVID
Programa de exercícios físicos contribuiu para melhora de sintomas como falta de ar e ansiedade em pacientes recuperados da COVID-19
Divulgação, UFSC
Fonte
UFSC | Universidade Federal de Santa Catarina
Data
sexta-feira, 27 maio 2022 11:10
Áreas
Biomecânica. Educação Física. Fisioterapia. Metabolismo. Neurociências. Saúde Pública. Terapia Ocupacional.
O projeto de reabilitação pós-COVID-19 ‘RE2SCUE’, desenvolvido no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) de Araranguá, possibilitou aos pesquisadores observar a redução dos sintomas de ansiedade e melhora da funcionalidade daqueles que contraíram o vírus. A pesquisa do Laboratório Biologia do Exercício Físico (LaBioEx) já atendeu mais de cem pacientes e agora entrará em nova fase, na qual serão estudados modos de suplementar a resposta ao exercício, como através da cafeína e de canabinoides.
O estudo foi iniciado em abril de 2020, idealizado pelo professor Dr. Aderbal Silva Aguiar Junior, com o objetivo de avaliar os efeitos da reabilitação sobre as sequelas da COVID-19. É desenvolvido por uma equipe que envolve alunos e professores da UFSC, tendo em vista o conhecimento de que as infecções virais podem causar efeitos tardios ou sequelas mesmo após a resolução da doença e se baseando em experiências passadas com o efeito do exercício em modelos animais de fadiga. “Nós estávamos dentro de um hospital, atendendo pacientes com diversas sequelas decorrentes da COVID-19, em um momento de pandemia sem vacinas e tratamentos cientificamente comprovados”, comentou Maria Cristine Campos, à época aluna do mestrado em Fisioterapia e atualmente doutoranda em Neurociências na UFSC e participante do projeto.
Já nessa época, era possível perceber os benefícios teorizados pelos pesquisadores. “As pessoas que fizeram exercício melhoraram 50% mais a dispneia (falta de ar) do que as pessoas que não fizeram exercício”, comentou o professor Aderbal. “Quando nada era conhecido na COVID-19, mostramos que o exercício era seguro”, acrescentou o professor.
Diante da demanda observada, o serviço foi ofertado em Balneário Arroio do Silva em parceria com a Secretaria de Saúde, com atendimento aos pacientes residentes do município. Em Araranguá, há um centro de reabilitação para os pacientes com sequelas da COVID-19, o qual foi estabelecido com base no projeto ‘RE2SCUE’.
Projeto de Lei
Financiado pelo Ministério da Saúde, um projeto de lei municipal de Araranguá ajudará o SUS na implementação deste protocolo na rede pública da cidade. “Desde o início do projeto, priorizamos o bem-estar e a segurança dos pacientes. Houve apenas uma intercorrência, mas que não ocasionou nenhum tipo de prejuízo e inclusive auxiliou no diagnóstico clínico para uma das pacientes do estudo”, destacou a pesquisadora Maria Cristine.
A pesquisa foi contemplada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que apoiam o projeto através de bolsas e financiamento necessário para adquirir os equipamentos e insumos da pesquisa. O edital CNPq ainda prevê recursos para publicação do estudo em forma open access, garantindo que todos poderão acessar os resultados do artigo.
Atualmente, o protocolo de trabalho está disponibilizado abertamente.
Com o cronograma original da pesquisa já encerrado, o laboratório continua com a análise dos resultados obtidos.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte: Natan Batista Balthazar, Agecom/UFSC. Imagem: Divulgação, UFSC.
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