Notícia
Desfibrilador cardíaco implantável subcutâneo pode melhorar segurança do paciente em relação ao dispositivo transvenoso
Os cardioversores-desfibriladores implantáveis tradicionais, embora altamente eficazes, envolvem a colocação de um fio através de uma veia, no tórax e no próprio coração
PaulT via Wikimedia Commons
Fonte
Universidade McMaster
Data
sexta-feira, 6 maio 2022 14:00
Áreas
Bioeletrônica. Cardiologia. Cirurgia. Engenharia Biomédica. Medicina.
Pacientes de alto risco que precisam de desfibriladores para prevenir parada cardíaca podem ter menos complicações com um tipo de dispositivo implantado sob a pele, descobriu um estudo liderado por pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá.
Os cardioversores-desfibriladores implantáveis (ICDs, da sigla em inglês) tradicionais, embora altamente eficazes, envolvem a colocação de um fio através de uma veia, no tórax e no próprio coração. Os fios no desfibrilador tradicional – chamado de ICD transvenoso (TV-ICD) – podem causar complicações, incluindo perfurações no músculo cardíaco ou nos pulmões e coagulação do sangue nas veias.
Recentemente, um estudo, conduzido por pesquisadores do Population Health Research Institute (PHRI) da Universidade McMaster e do Hamilton Health Sciences (HHS), demonstrou que o tipo de desfibrilador cardíaco chamado ICD subcutâneo (S-ICD) reduziu as complicações do paciente em mais de 90%, em comparação com o TV-ICD.
O S-ICD, implantado sob a pele logo abaixo da axila do paciente, não envolve a colocação de eletrodos no coração ou nos vasos sanguíneos. Em vez disso, o S-ICD tem um eletrodo que corre sob a pele, ao lado do esterno. “O S-ICD reduz muito as complicações perioperatórias relacionadas aos fios sem comprometer significativamente o desempenho do ICD”, disse o Dr. Jeff Healey, cientista sênior do PHRI.
“O S-ICD é agora uma alternativa atraente ao TV-ICD, particularmente em pacientes com risco aumentado de complicações relacionadas aos fios”, acrescentou o Dr. Healey, professor de Medicina da Universidade McMaster e eletrofisiologista do HHS.
O Dr. Healey apresentou os resultados do estudo no Heart Rhythm 2022 em San Francisco, recentemente. O estudo envolveu 544 pacientes elegíveis (um quarto do sexo feminino) com idade média de 49 anos, em 14 centros clínicos no Canadá.
Eles foram rastreados eletrocardiograficamente; 251 pacientes foram randomizados para S-ICD e 252 pacientes para TV-ICD. Eles foram acompanhados por uma média de 2,5 anos até agora; o acompanhamento ainda está em andamento.
“Pacientes mais jovens são geralmente sub-representados em ensaios de ICD. No entanto, nosso estudo incluiu pacientes elegíveis para ICD de 18 a 60 anos que tinham uma síndrome cardiogenética ou estavam em alto risco de complicações relacionadas aos fios”, disse o Dr. Jeff Healey.
“O Canadá tem um forte histórico de ensaios clínicos de ICD e registros de pacientes com distúrbios hereditários do ritmo cardíaco”, concluiu o pesquisador. O estudo foi financiado pela Boston Scientific.
Acesse a notícia completa na página da Universidade McMaster (em inglês).
Fonte: Universidade McMaster. Imagem: ICD subcutâneo em radiografia lateral do tórax. Fonte: PaulT via Wikimedia Commons.
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