Notícia
Microscopia holográfica
Laboratório do Instituto de Física da USP utiliza técnica holográfica
Divulgação, USP
Fonte
Agência USP de Notícias
Data
sexta-feira, 8 agosto 2014 19:25
Áreas
Processamento de Imagens. Microscopia.
O Laboratório de Óptica e Sistemas Amorfos do Instituto de Física da USP (IFUSP) utiliza uma ferramenta poderosa na análise microscópica de materiais por meio de transmissão ou reflexão, para que se possa ter acesso a imagens tridimensionais: a microscopia holográfica. Esta técnica se baseia na gravação de hologramas de objetos com microestruturas por meio de um dispositivo digital (câmera CCD) e na reconstrução dos respectivos hologramas através de números. O microscópio portátil, então, utiliza hologramas no lugar de lentes.
Hologramas são formados quando a luz que se reflete sobre a superfície – ou atravessa um objeto tridimensional – é guiada para interferir com o chamado feixe de referência, um feixe de luz que não tenha atingido o objeto. No início, os hologramas eram usados apenas nas artes em composições de imagens aparentemente reais, com o sentido de profundidade ausente nas fotografias e pinturas.
Pesquisas de morfologia
No Laboratório, a microscopia holográfica é recurso para pesquisas de morfologia (estudo da forma e estrutura) de objetos muito pequenos. Nesse caso, a técnica utilizada é digital: a imagem é disponibilizada com o auxílio de softwares por algoritmos que possibilitam a reconstrução holográfica do objeto na tela do computador.
Com esse método, são estudadas hemácias e células diversas, vasos, e microcirculações, principalmente na área da saúde. No entanto, existem muitas outras aplicações, já que ela funciona muito bem para objetos na ordem do micrômetro (1 mícron = 0,001mm).
O princípio geral da microscopia holográfica é conhecido mundialmente. Assim, o Laboratório desenvolve trabalhos em parceria com pesquisadores cubanos que se destacam na elaboração de softwares; com a Faculdade de Odontologia (FO), para estudar a deformação da arcada dentária no processo de mastigação; e com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP.
Segundo o Prof. Mikiya Muramatsu, coordenador do laboratório, muitas vezes as amostras necessitam de uma preparação muito delicada para serem visualizadas em microscópios comuns, o que não acontece na microscopia holográfica digital. Não é necessário adicionar corantes, por exemplo, para aumentar o contraste da imagem.
No Laboratório também estuda-se alguns tipos de doença que são negligenciadas principalmente nos países tropicais, como a Doença de Chagas, cuja evolução a holografia é capaz de identificar.
Fonte: Fernanda Drumond, Agência USP de Notícias
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