Notícia
Projeto aponta que escama de pirarucu pode servir para implante ósseo
Projeto apoiado pela FAPEAM verifica as propriedades físico-químicas, bioativas e biológicas da hidroxiapatita derivada dos resíduos do Pirarucu
Érico Xavier/Fapeam
Fonte
FAPEAM | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
Data
quinta-feira, 23 dezembro 2021 13:05
Áreas
Biomateriais. Ortopedia.
A produção de cimento ósseo retirado das escamas do Pirarucu para ser usado no revestimento de parafusos metálicos faz parte de um estudo para melhorar a densidade óssea na fixação dos implantes, principalmente no tratamento a pessoas que sofrem com osteoporose. A pesquisa recebe o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).
O estudo coordenado pelo Dr. Jean Carlos Silva Andrade, professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), verifica as propriedades físico-químicas, bioativas e biológicas da hidroxiapatita derivada dos resíduos de um tradicional peixe da região amazônica, Arapaima Gigas, conhecido como Pirarucu.
Segundo o pesquisador, a utilização da escama de pirarucu como fonte de transformação de baixo custo, matéria-prima base para o desenvolvimento de cimento ósseo bioabsorvível em revestimento para implantes, tem a possibilidade de aplicação tecnológica na indústria.
“A sociedade procura alternativas para a preservação dos recursos naturais, exigindo produtos e serviços que cumpram o fim a que se destinam, mas que sejam produzidos com menor impacto ecológico. Para alcançar essas necessidades, o estudo interdisciplinar torna-se fundamental, conseguindo atingir a tecnologia desejada, a preservação ambiental e a eficiência da produção”, comentou o professor Jean Carlos.
A pesquisa já apresenta resultados preliminares por meio da extração do fosfato de cálcio, de escamas do Pirarucu através do tratamento térmico alcalino (700-900ºC) e remoção de compostos orgânicos, para a produção de hidroxiapatita.
Pesquisas recentes demonstraram que os biomateriais cerâmicos derivados da escama de peixe (FSHA) são biologicamente melhores do que a hidroxiapatita quimicamente sintetizada e têm o potencial para uso como um esqueleto ósseo ou como materiais regenerativos.
“A integração osso-parafuso por intermédio de cimentos tem se mostrado uma ótima alternativa para pessoas com osteoporose, onde a densidade óssea fragiliza a fixação dos implantes. A modificação da superfície dos implantes é frequentemente necessária para melhorar as propriedades biológicas e tribológicas dos implantes metálicos”, explicou o pesquisador.
De acordo com o professor Jean Carlos, os parafusos metálicos receberão revestimento de hidroxiapatita proveniente de escamas de peixe. O efeito da camada intermediária de revestimento com hidroxiapatita sobre a força de adesão no substrato será investigada, assim como o desgaste do material e possíveis implicações na rejeição do implante através de corrosão e biotribocorrosão em simulação de fluido corpóreo.
Acesse a notícia completa na página da FAPEAM.
Fonte: Valdete Araújo, FAPEAM. Imagem: Érico Xavier/Fapeam.
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