Notícia

Os perigos de fumar durante a gravidez

Megan Forbes via Pexels

Fonte

Universidade McGill

Data

quinta-feira, 23 setembro 2021 06:40

Áreas

Saúde da Criança. Saúde da Mulher. Saúde Pública.

Mães que fumam têm maior probabilidade de dar à luz bebês menores, mesmo após uma gravidez a termo, aumentando os riscos de defeitos congênitos e distúrbios neurológicos mais tarde na vida, conforme mostrou estudo de pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá. A equipe de pesquisadores, que inclui o professor Dr. Michael Dahan e o Dr. Ido Feferkorn, do Centro de Saúde da Universidade McGill, examinou os efeitos do tabagismo em mais de nove milhões de partos nos Estados Unidos ao longo de 11 anos, um dos maiores estudos até agora.

“O tabagismo é um dos fatores de risco modificáveis ​​mais importantes para a saúde. Embora se acredite que fumar durante a gravidez aumente o risco de uma ampla gama de problemas, a maioria dos estudos até agora tem sido relativamente pequena – observando-se apenas cerca de 5.000 fumantes na maioria dos casos. Nosso estudo examinou os resultados do parto em 443.590 fumantes e 8.653.198 não fumantes. Começamos a estudar os efeitos do tabagismo em uma grande população, testando os resultados de estudos menores”, disseram os pesquisadores.

“Descobrimos que mães que fumam têm um risco 40% maior de parto prematuro e um risco 50% maior de romper o saco amniótico que envolve o feto antes do início do trabalho de parto. Mais substancialmente, houve um aumento de 130% no risco de ter um bebê pequeno demais para seu estágio de desenvolvimento. Nossos resultados confirmaram os efeitos detectados em outros estudos menores. Surpreendentemente, também descobrimos que fumar diminuiu levemente certos riscos na gravidez, incluindo o desenvolvimento de pré-eclâmpsia, que pode causar infecções no útero e sangramento e exigir parto cesáreo. Acreditamos que o menor tamanho do bebê induzido pelo tabagismo possa contribuir para menos sangramento e menor necessidade de cesárea”, continuaram os professores.

Que conselho os especialistas podem dar?

“O fato de que fumar diminui alguns riscos na gravidez não significa que as mulheres grávidas devam começar a fumar. Existem riscos muito substanciais no parto de um bebê pequeno, o que pode ter consequências graves para a saúde do bebê a longo prazo. Bebês com baixo peso ao nascer costumam apresentar riscos aumentados de diabetes, doenças cardíacas, insuficiência renal e até mesmo certos tipos de câncer mais tarde na vida. Na infância, os bebês que nascem muito pequenos correm maior risco de doenças intestinais e urinárias, problemas pulmonares e resultados neurológicos adversos. As mães que fumam podem reduzir esses riscos parando de fumar”, concluíram os pesquisadores.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Journal of Perinatal Medicine.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade McGill (em inglês).

Fonte: Shirley Cardenas, Universidade McGill. Imagem: Megan Forbes via Pexels.

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