Notícia

USP oferece novo curso de Física Médica

USP, que já oferece um curso em Ribeirão Preto, terá opção em São Paulo: são 25 vagas no período noturno

Getty Images

Fonte

Jornal da USP

Data

sábado, 19 junho 2021 06:30

Áreas

Física Médica. Imagens e Diagnóstico. Medicina Nuclear. Radiologia.

Quem for prestar o vestibular da Universidade de São Paulo (USP) neste ano ou concorrer a uma das vagas que a Universidade oferece no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação terá mais uma opção de graduação: o curso de Física Médica, em São Paulo. Mas você conhece essa profissão? Para entender melhor quais são as possibilidades de carreira e como funcionará a nova graduação, o Jornal da USP com professores que integram o grupo de trabalho de criação do curso.

Um dos principais locais onde se encontram físicos médicos são os hospitais e centros de saúde. O físico médico é um profissional fundamental no desenvolvimento de novas tecnologias para diagnóstico e terapia adequados a cada pessoa. O físico médico ainda garante a segurança e a eficácia de equipamentos de imagens, como um tomógrafo, ressonância magnética, ou a dosagem de radiação ionizante que uma pessoa em tratamento de câncer pode receber.

“O mercado para físicos médicos não acadêmicos está relacionado principalmente às áreas de radioterapia, radiodiagnóstico e proteção radiológica em geral. Tudo muito ligado à área da saúde, que sempre tem demanda de profissionais”, explicou a Dra. Elisabeth Mateus Yoshimura, professora do Instituto de Física da USP (IFUSP), em São Paulo.

A radioterapia é um dos tratamentos para o câncer. Ela utiliza radiações ionizantes – raios X, por exemplo – para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Essas radiações não distinguem entre a célula cancerígena e a do tecido normal do paciente, por isso várias pesquisas na área de física médica buscam aprimorar a radioterapia para evitar danos às células saudáveis.

“Tem havido expansão e qualificação de clínicas de radioterapia em todo o Brasil, e os físicos especialistas nessa área, que, em geral, são egressos de cursos de física médica que fazem residência ou aprimoramento em radioterapia, são essenciais para o funcionamento de uma radioterapia”, destacou a professora do IFUSP.

A professora Elisabeth Yoshimura fez um resumo das principais áreas do mercado para o físico médico:

  • Na radioterapia, o profissional faz parte de uma equipe multidisciplinar (médicos oncologistas, imunologistas, radioterapeutas, biomédicos, tecnólogos em radiologia, enfermeiros, nutricionistas e outros profissionais) que atende o paciente, principalmente portador de um câncer, e seu papel é fundamental em garantir que a prescrição da quantidade de radiação entregue no local correto seja atendida;
  • Na radiologia diagnóstica, há um papel dos físicos médicos na gerência dos equipamentos e seus protocolos de funcionamento, de forma a garantir que as imagens dos pacientes sejam obtidas com qualidade diagnóstica e com o mínimo necessário de radiação. Trabalham principalmente com a equipe de técnicos e tecnólogos em radiologia, engenheiros clínicos, médicos radiologistas e enfermeiros;

  • Já na medicina nuclear, além da qualidade das imagens, a proteção radiológica do paciente, da equipe da clínica e do ambiente é tarefa do físico médico, que trabalha em conjunto com médicos nucleares, biomédicos, enfermeiros e radioquímicos.

“Existe sim uma falta de físicos médicos no mercado, e vamos formar esses profissionais. Mas temos a ideia de formarmos lideranças para pesquisas na área. Nossa preocupação é desenvolver um profissional que busque aprender continuamente. Para isso, devemos suscitar a dúvida, o desejo de pesquisar. E isso a USP faz como ninguém”, destacou o Dr. Roger Chammas, vice-diretor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em São Paulo.

O Dr. Roger Chammas acredita que o grande diferencial do novo curso da USP será a possibilidade de os estudantes atuarem no maior complexo hospitalar da América Latina: o Hospital das Clínicas da FMUSP.  Fazem parte do complexo: Instituto Central, Instituto do Coração, Instituto da Criança, Instituto da Medicina Física e de Reabilitação, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Instituto de Psiquiatria, Instituto de Radiologia e o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

“É um profissional que vai crescer no contexto de um complexo hospitalar que, pelo tamanho, traz muitas oportunidades. E ele também trará olhares diferentes sobre o processo de cuidado, de manutenção da saúde, diagnóstico e tratamento para podermos inovar”, destacou o vice-diretor da FMUSP.

Saiba mais sobre Física Médica e sobre como será a nova graduação da USP na página do Jornal da USP.

Fonte: Hérika Dias, Jornal da USP. Imagem: Getty Images.

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