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Pesquisa observou características e resultados de pacientes com fratura de quadril antes e depois da COVID-19

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Fonte

HSS | 'Hospital for Special Surgery'

Data

quarta-feira, 19 maio 2021 06:35

Áreas

Biomecânica. Cirurgia. Gestão Hospitalar. Ortopedia. Saúde do Idoso.

A pandemia da COVID-19 demonstrou ter causado uma pressão significativa no sistema de saúde e nos recursos dos Estados Unidos. No entanto, faltam dados sobre o impacto do vírus nas fraturas de quadril, principalmente em pacientes idosos.

Pesquisadores do Hospital for Special Surgery (HSS), nos Estados Unidos, procuraram comparar as características e os resultados dos pacientes com fratura de quadril admitidos durante o surto COVID-19 com os pacientes admitidos antes do surto. Eles também examinaram as características e resultados de pacientes com fratura de quadril com e sem o vírus. Suas descobertas foram apresentadas recentemente na Reunião Anual da Sociedade Americana de Anestesia Regional e Medicina da Dor (ASRA).

“Estudar este tópico é importante porque eventos que estressam o sistema de saúde, como esta pandemia, nos permitem obter insights raros sobre o que acontece com a assistência médica quando os recursos se tornam escassos”, disse o Dr. Stavros Memtsoudis, pesquisador principal e anestesiologista no HSS.

O Dr. Memtsoudis e colegas compararam as características do paciente e dos cuidados de saúde, os diagnósticos de COVID-19 e os resultados para pacientes com fratura de quadril de março a abril de 2019 e de março a abril de 2020. Os resultados observados incluíram tempo de internação hospitalar, admissão em unidade de terapia intensiva (UTI) , uso de ventilação mecânica, readmissão em 30 dias, disposição de alta e complicações pós-operatórias.

O número de casos de fratura de quadril durante o pico de COVID-19 diminuiu 50% em comparação com o mesmo período durante o ano anterior. “Uma das principais conclusões deste estudo foi que vimos que as fraturas eram mais comumente tratadas de forma não cirúrgica e como os resultados diferiam”, observou o Dr. Memtsoudis. Durante a pandemia, os pacientes com fratura de quadril receberam alta mais cedo e estavam menos propensos a serem admitidos na UTI.

Outros fatores não diferiram antes e depois da COVID-19, incluindo taxa de mortalidade hospitalar, taxa de readmissão em 30 dias, uso de ventilação mecânica e taxa de complicações.

Pacientes com fratura de quadril com COVID-19 permaneceram no hospital por mais tempo, tiveram maiores taxas de complicações durante a cirurgia, aumento das taxas de mortalidade e receberam tratamento não cirúrgico com mais frequência.

Esses resultados mostram duas considerações principais para os hospitais. Conforme a sociedade começa a retornar às atividades normais, as taxas de fratura de quadril provavelmente aumentam de volta aos níveis pré-COVID-19. Os hospitais devem estar preparados e ter planos para tratar pacientes com fratura de quadril com COVID-19, bem como proteger pacientes não COVID-19 da exposição.

Além disso, achados que demonstram menor tempo de internação hospitalar, menor uso de UTI e alta mais precoce não comprometeram os resultados e merecem mais estudos. Isso levanta a questão de se as estratégias de cuidado para pacientes com fratura de quadril usadas antes da pandemia devem ser ajustadas.

“Esses resultados devem nos fazer reavaliar nossa prática daqui para frente para garantir que não desperdicemos recursos, mas também afirmar intervenções que realmente são benéficas”, concluiu o Dr. Memtsoudis.

Acesse a publicação no 46th Annual Regional Anesthesiology and Acute Pain Medicine Meeting of the American Society of Regional Anesthesia and Pain Medicine (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Hospital for Special Surgery (em inglês).

Fonte: Hospital for Special Surgery. Imagem: Getty Images.

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