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Pesquisa desenvolverá nova geração de próteses articulares com maior durabilidade e mais adequada para pessoas mais jovens
Atualmente, até um terço de alguns tipos de próteses articulares falham em um prazo de dez anos
Uma colaboração internacional, liderada pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, e financiada pelo programa Horizon 2020 da União Europeia, terá como foco a melhoria do design e testes para reduzir a chance de que os implantes desenvolvam falhas ou causem complicações ortopédicas.
Mais de 100.000 próteses articulares são implantadas todos os anos no Reino Unido. Os implantes melhoram a qualidade de vida de centenas de milhares de pessoas. Mas nas últimas duas décadas, surgiram problemas com implantes que podem provocar dores ou mesmo depositar fragmentos microscópicos do material (devido ao desgaste) no tecido ao redor da articulação, podendo causar inflamação severa.
Atualmente, até um terço de alguns tipos de próteses articulares falham em um prazo de dez anos.
Engenheiros acreditam que surgiram problemas com alguns implantes devido a deficiências na maneira como foram testados antes de serem aprovados para uso. Provavelmente, os testes realizados não conseguiram reproduzir condições reais de uso das próteses.
O Dr. Richard Hall, professor da Escola de Engenharia Mecânica da Universidade de Leeds, é o pesquisador principal do projeto. “A substituição total do quadril e do joelho é agora uma técnica estabelecida que tem tido um enorme sucesso. A tecnologia de implante pode melhorar vidas. Mas, nos últimos 20 anos, houve problemas de alto perfil com alguns implantes que falham ou causam complicações que exigem que os pacientes repitam a cirurgia [cirurgia de revisão]”, destacou o Dr. Richard Hall.
“Além disso, os cirurgiões estão adaptando novas próteses de quadril e joelho em pacientes que são mais jovens, mais pesados e mais ativos. Isso significa que os dispositivos estão sob estresse ainda maior. Para superar esses desafios, os fabricantes precisam de testes mais precisos e um design melhor. Estamos trabalhando com parceiros industriais, clínicos e acadêmicos para que isso aconteça, para produzir implantes articulares que sejam mais adequados para seu propósito”, continuou o pesquisador.
Os pesquisadores esperam usar simulação computacional avançada e testes de laboratório que capturem uma imagem mais precisa do desempenho dos implantes em uma variedade de atividades humanas, incluindo correr, caminhar e pular.
Testes mais eficazes
Rompendo com os métodos clássicos, os pesquisadores querem desenvolver análises “in situ”, para que o desempenho do dispositivo seja monitorado enquanto está sendo submetido a esforços mecânicos. Isso resultará na identificação antecipada – e na eventual correção – dos problemas.
Os principais parceiros do projeto são o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurique), na Suíça, Universidade Uppsala e Universidade de Tecnologia de Luleå, ambas na Suécia, e o Imperial College de Londres. O projeto também formará pesquisadores em início de carreira para a indústria de dispositivos médicos.
Mais informações
O projeto da Rede Europeia Bio Trib recebeu financiamento do programa de pesquisa e inovação Horizon 2020 da União Europeia sob o acordo de subvenção nº 956004.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Leeds (em inglês).
Fonte: David Lewis, Universidade de Leeds. Imagem: Divulgação, Universidade de Leeds.
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