Notícia
Troca plasmática terapêutica em pacientes reumáticos
Eliminação de complexos imunes e mediadores é uma opção terapêutica em pacientes com envolvimento renal
Pixabay
Fonte
Revista Brasileira de Reumatologia
Data
sábado, 4 novembro 2017 15:00
Áreas
Medicina. Reumatologia. Nefrologia. Hematologia.
A troca plasmática terapêutica (TPT) é uma terapia extracorpórea que envolve a separação do plasma dos elementos de formação do sangue para eliminar anticorpos, complexos imunes, citocinas e outros mediadores inflamatórios circulantes. O volume de plasma retirado é simultaneamente substituído por outra solução, como a albumina ou o plasma fresco congelado. A TPT produz alterações em substâncias que podem atuar na fisiopatologia de doenças. Por exemplo, a TPT esgota as proteínas do plasma, inclusive anticorpos, fatores de coagulação, componentes do complemento, peptídeos vasoativos, hormônios, minerais e outras substâncias.
As melhores evidências que apoiam o uso da TPT estão relacionadas com as doenças renais, como síndrome hemolítica urêmica, vasculite, anticorpos antimembrana basal glomerular, no contexto do transplante renal por glomerulonefrite recorrente, e no manejo da rejeição pós‐transplante.
Pesquisadores colombianos publicaram um artigo na edição de outubro da Revista Brasileira de Reumatologia mostrando a aplicação da TPT em 27 pacientes reumáticos no período de 2009 a 2013. Quanto ao diagnóstico, os mais frequentes foram: vasculite associada ao anticorpo anticitoplasma de neutrófilos (ANCA) seguida de lúpus eritematoso sistêmico e síndrome antifosfolipídica catastrófica. A quantidade média de sessões por paciente foi de cinco (DP 1,8) e a média de troca plasmática por paciente foi de 1,3 unidade de substituição do volume de plasma. De todas as sessões, 4,4% apresentaram complicações, a maioria delas relacionadas com o acesso vascular. Quinze pacientes necessitaram de terapia de substituição renal (TSR) secundária à mesma causa que levou à necessidade de TPT; três pacientes necessitaram de TSR em decorrência de outras causas além da intervenção diagnóstica de TPT e um paciente tinha sido submetido à diálise crônica.
Os autores concluíram que a TPT é uma opção terapêutica necessária para o manejo de pacientes com doenças reumáticas com envolvimento renal e daqueles que são refratários ao tratamento convencional.
Acesse o artigo científico completo.
Fonte: Revista Brasileira de Reumatologia. Imagem: Pixabay.
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