Notícia
Pesquisadores desenvolvem aparelho ozonizador para uso contra o novo coronavírus em salas de aula
Equipamento libera nos ambientes o ozônio, que tem a capacidade de quebrar as moléculas orgânicas com as quais entra em contato, a exemplo de vírus, bactérias e fungos
Divulgação, UFC
Fonte
UFC | Universidade Federal do Ceará
Data
sábado, 12 setembro 2020 15:15
Áreas
Engenharia Biomédica. Física Médica. Saúde Pública.
Sem vacina disponível, um dos grandes desafios que a COVID-19 gera a instituições de ensino é como garantir a segurança de alunos em ambientes fechados e eventualmente com ar-condicionado, que é o caso de salas de aula. Diversas alternativas vêm sendo pensadas e uma delas parte de um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra: eles estão montando um equipamento que, com a utilização do gás ozônio, destrói o novo coronavírus e qualquer outra bactéria e fungo dos recintos. O protótipo desse dispositivo já está em fase de testes.
O aparelho em questão é um ozonizador, que já existe em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, bem antes do surgimento da pandemia da COVID-19. O equipamento segue um princípio geral: ele libera nos ambientes o ozônio, que tem a capacidade de quebrar as moléculas orgânicas com as quais entra em contato, a exemplo de vírus, bactérias e fungos.
O ozonizador em teste na UFC fará a geração do ozônio a partir do próprio oxigênio presente no ar que circula nas salas de aula, realizando essa transformação por meio da aplicação de descargas elétricas. O protótipo estará pronto para uso até o fim deste mês de setembro. A ideia é que, em breve, sejam produzidos mais cinco exemplares desse aparelho. Os seis, então, serão disponibilizados para as três unidades acadêmicas do Campus do Pici: o Centro de Ciências, o Centro de Tecnologia e o Centro de Ciências Agrárias, conforme explica o professor Dr. Marcos Sasaki, de quem partiu a ideia do projeto.
Assista à apresentação do ozonizador na UFCTV:
“O diferencial desse projeto é a medição do ozônio no ambiente e a segurança no uso”, explicou o professor Sasaki. Além de criarem o aparelho que gerará o ozônio que desinfetará as salas de aula, os pesquisadores também incluem no projeto a medição do ozônio presente no ambiente e do tempo que ele demora para se dispersar, uma vez que a inalação desse gás em grande quantidade pode gerar problemas à saúde das pessoas.
“A segurança é muito importante. Temos que gerar, medir e liberar o ozônio do ambiente, e isso ainda não é feito no Brasil”, informa. Quando os seis aparelhos estiverem finalizados, os estudantes envolvidos no projeto farão o protocolo de aplicação.
Potencial de comercialização
O investimento utilizado na produção dos seis ozonizadores veio de recursos de um projeto de extensão coordenado pelo professor Sasaki, através do Laboratório de Raios X e com a ajuda da Fundação de Apoio à Serviços Técnicos Ensino e Fomento de Pesquisas (FASTEF).
“Creio que com ajuda de empresa, que seja pouca, podemos produzir vários em menos de seis meses”, apontou o professor, que já chegou a enviar convites a empresas distribuidoras e produtoras de gás oxigênio, mas sem sucesso. O professor também criou um material de divulgação on-line do projeto no site do Laboratório de Raios X da UFC, direcionado a possíveis investidores.
Conforme o pesquisador André Machado, o custo de produção do ozonizador é bem inferior ao de similares que podem ser encontrados no mercado. “Dependendo do volume de geração de ozônio, o preço da produção da unidade é abaixo de R$ 500,00”, informou o especialista.
Acesse a notícia completa na página da UFC.
Fonte: Sérgio de Sousa, UFC. Imagem: Divulgação, UFC.
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