Notícia
Estudo indica que a reabertura de escolas com excesso de alunos em sala de aula pode resultar em aumento de casos de COVID-19
Pesquisadores usaram um modelo matemático para explorar o tamanho das turmas e a proporção aluno-professor
Getty Images
Fonte
Universidade de Waterloo
Data
terça-feira, 1 setembro 2020 12:10
Áreas
Modelagem Matemática. Saúde Pública.
À medida que muitas crianças se preparam para voltar à escola durante a pandemia COVID-19, um novo estudo indica maneiras de minimizar os surtos e seu impacto na educação.
O estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, usou um modelo matemático para explorar as maneiras pelas quais o tamanho das turmas e a proporção aluno-professor podem influenciar o número de infecções em salas de aula fechadas no Canadá. O modelo revelou que a proporção ideal de aluno para professor necessária para maximizar as oportunidades de educação presencial está abaixo das taxas atualmente planejadas, que chegam a 15: 2 em creches e 30: 1 em escolas no Canadá.
“As províncias canadenses e os estados dos EUA estão reabrindo escolas no próximo mês, mas os tomadores de decisão precisam fazer as contas e considerar cuidadosamente o impacto da proporção aluno-professor”, disse o Dr. Chris Bauch, professor da Faculdade de Matemática da Universidade de Waterloo e pesquisador líder do estudo. “Os tomadores de decisão que planejam turmas de 30 alunos precisam reconfigurar imediatamente seus planos de abertura de escolas, mudando para modelos híbridos, como parte presencial e parte on-line.”
Para estudar as configurações de creches, os pesquisadores examinaram simulações de computador de seis configurações distintas de salas que variaram em termos da proporção criança-educador de 15: 2, 8: 2 e 7: 3, e agrupamentos familiares, como irmãos juntos versus distribuições aleatórias. Para as configurações da escola primária, os pesquisadores examinaram proporções de 8: 1,15: 1 – que inclui uma abordagem de fazer os alunos comparecerem em semanas alternadas em classes de 15 alunos cada – e 30: 1.
Simulações revelaram que, para o cuidado infantil, a configuração com uma proporção de 7: 3 com irmãos juntos demonstra o menor risco, enquanto centros que hospedam salas de aula com mais crianças, por exemplo, 15: 2, podem ter três a cinco vezes mais casos de COVID-19. Em todos os cenários, ter menos alunos por turma e agrupar irmãos quase sempre resulta em valores significativamente mais baixos para o número de casos de infecção na instituição. É importante ressaltar que o total de dias “perdidos” por sala de aula fechada (em razão da contaminação de alunos) foi entre cinco e oito vezes maior na proporção de 15: 2 do que para 8: 2 ou 7: 3. O efeito acelerador de proporções mais altas de aluno para professor também foi aparente no ambiente da escola primária.
“Os resultados do modelo ilustram que quanto mais alunos houver em uma sala de aula, maior será a probabilidade de um deles se infectar e, portanto, maior a probabilidade de a sala ser fechada. Além disso, quando uma sala de aula com mais alunos é fechada, isso afeta mais alunos por vez. Além disso, ter mais alunos em uma sala facilita a transmissão dentro dessa sala. Altas proporções aluno-professor resultarão em perdas desproporcionalmente maiores de educação presencial do que nas proporções mais baixas”, explicou o Dr. Chris Bauch.
O estudo foi submetido à revisão por pares para publicação. Porém, até aqui, a pesquisa ainda não foi revisada por pares e está sendo apenas pré-apresentada pela Universidade de Waterloo.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Waterloo (em inglês).
Fonte: Universidade de Waterloo. Imagem: Getty Images.
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