Notícia

Primeiro transplante de pulmão da Europa em paciente com o novo coronavírus

Divulgação

Fonte

Universidade Médica de Viena

Data

quarta-feira, 27 maio 2020 11:40

Áreas

Cirurgia. Medicina.

Na semana passada, o Departamento de Cirurgia do Hospital Geral de Viena da Universidade Médica de Viena (MedUni Viena), na Áustria, realizou um transplante de pulmão urgente e altamente complexo em uma mulher de 45 anos de idade, que desenvolveu insuficiência respiratória grave como resultado da COVID-19. A equipe liderada pelo Dr. Walter Klepetko, chefe do Departamento de Cirurgia e da Divisão de Cirurgia Torácica, substituiu com sucesso os pulmões da paciente por pulmões de um doador. É a primeira vez na Europa que um paciente da COVID-19 recebe um transplante de pulmão em uma situação crítica.

“Estamos muito satisfeitos com a condição da paciente, dadas as circunstâncias iniciais extremamente difíceis. Apenas alguns dias após o procedimento, a paciente está no caminho da recuperação”, disse o Dr. Klepetko.

Ventilação tornou-se praticamente impossível

Completamente saudável, a paciente contraiu coronavírus há cerca de oito semanas e passou a sofrer insuficiência respiratória completa, de modo que até a ventilação mecânica não era mais possível e ela só podia ser mantida viva por meio de uma bomba de circulação (ECMO – Oxigenação por Membrana Extracorpórea) .

Na semana passada, ela foi levada de helicóptero para o Hospital Geral de Viena e levada para a Unidade de Terapia Intensiva. Nesse ponto, um teste de PCR mostrou que o novo coronavírus ainda estava presente, mas a doença não era mais considerada infecciosa, como foi confirmado por uma cultura viral negativa, enfatizou o Dr. Klepetko.

Como os outros órgãos da paciente ainda estavam funcionando o mais normalmente possível, mas não havia chance de seus pulmões se recuperarem, a equipe de especialistas tomou a decisão de realizar um transplante urgente. Os pulmões dos doadores foram alocados em coordenação com a Organização Euotransplant em Leiden (Holanda), com base nos critérios objetivos de urgência e transportados do país vizinho.

“O transplante em si ocorreu em circunstâncias extremamente difíceis, uma vez que a paciente não possuía contagem adequada de plaquetas no sangue e, como também estavam presentes anticorpos, estes tiveram que ser removidos primeiro por meio de aférese imune para impedir que ela rejeitasse o órgão”. explica o cirurgião. “Mesmo o transporte dos pulmões e a preparação para a operação ocorreram em condições difíceis, principalmente por causa da logística necessária e das medidas de proteção associadas, as quais tiveram que ser observadas. Nesse caso, a chave para o sucesso foi a colaboração eficaz entre os vários grupos profissionais, como anestesia, cirurgia, medicina intensiva, infectologia e muitos outros “, concluiu o Dr, Walter Klepetko.

Acesse  a notícia completa na página da MedUni Viena (em inglês).

Fonte: Universidade Médica de Viena. Imagem: Divulgação.

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