Notícia

Encefalite: projeto no Reino Unido aprofundará conhecimento da doença

Freepik

Fonte

Universidade de Liverpool

Data

sábado, 22 fevereiro 2020 12:20

Áreas

Medicina. Neurociências.

Pesquisadores da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, receberam £ 2,6 milhões (cerca de R$ 15 milhões) para liderar um estudo nacional que busca novos tratamentos para a encefalite autoimune.

O estudo está sendo liderado pelo professor Dr. Tom Solomon, juntamente com colegas das Universidades de Liverpool, Oxford, Cardiff, University College London, The Walton Center NHS Foundation Trust, Liverpool University Hospitals NHS Foundation Trust, Escola de Medicina Tropical de Liverpool e Sociedade de Encefalite [do Reino Unido]. O financiamento do Programa de Avaliação de Eficácia e Mecanismo do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde (NIHR), foi anunciado para coincidir com o Dia Mundial da Encefalite, que acontece no dia 22 de fevereiro.

Encefalite é inflamação e inchaço do cérebro. Pode afetar qualquer pessoa em qualquer lugar e a qualquer momento. Na encefalite autoimune, a doença é causada pelo sistema de defesa do corpo atacando o cérebro por razões que não são claras. A condição afeta cerca de 1 em cada 100.000 pessoas por ano no Reino Unido, e pesquisas da Universidade de Liverpool e de outros centros de pesquisa sugerem que está se tornando cada vez mais comum. Os sintomas incluem comportamento anormal, problemas de memória, convulsões e coma. Alguns pacientes se recuperam completamente, mas em outros, pode causar morte ou incapacidade que muda a vida da pessoa.

A encefalite auto-imune é tratada com esteroides, que reduzem a inflamação e o inchaço. Se os pacientes nãomelhoram, a imunoglobulina intravenosa geralmente também é administrada, após algumas semanas. A imunoglobulina intravenosa é um produto proteico extraído do sangue de doadores saudáveis. Alguns médicos acham que, se usada desde o início do tratamento, os pacientes se recuperam mais rapidamente e têm melhores resultados. No entanto, o medicamento é caro e pode ter efeitos colaterais, incluindo coágulos sanguíneos e reações alérgicas.

O estudo de seis anos abordará a questão de saber se o tratamento precoce com imunoglobulina intravenosa leva a um resultado mais rápido e melhor recuperação. Também permitirá a investigação dos mecanismos da doença.

O professor Solomon comentou: “Estudamos encefalite no Reino Unido desde 2002 e vimos um número crescente de pacientes com a forma autoimune, especialmente desde que testes de diagnóstico específicos se tornaram disponíveis. Com essa equipe realmente forte, esperamos definir o papel da imunoglobina intravenosa nessa doença muitas vezes devastadora. ”

“Esta é uma boa maneira de começar nossas comemorações pelo Dia Mundial da Encefalite. Este é um estudo inovador que tem a capacidade de transformar significativamente a jornada e os resultados do paciente, além de servir de guia para padronizar tratamentos e terapias. Estamos muito satisfeitos por fazer parte do programa e haverá muito trabalho nos próximos seis anos, mas estamos entusiasmados com as possibilidades e o que isso significa para os milhares de indivíduos e famílias que serão afetados por essa condição devastadora no futuro em todo o mundo”, concluiu a Dra. Ava Easton, diretora executiva da Sociedade de Encefalite.

Acesse a página do Dia Mundial da Encefalite (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Liverpool (em inglês).

Fonte: Universidade de Liverpool. Imagem: Freepik.

Em suas publicações, o Portal Tech4Health da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal Tech4Health tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.