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Diabetes e o cuidado com os pés: novo aplicativo ajuda a identificar sinais do pé diabético

Aplicativo, ainda não disponível, pretende ajudar profissionais da saúde na identificação precoce do pé diabético

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Fonte

FAPEMIG | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Data

sexta-feira, 24 janeiro 2020 10:20

Áreas

Diabetes. Endocrinologia. Enfermagem. Computação.

O diabetes é uma doença silenciosa que pode se tornar mortal. No Brasil, cerca de 17 milhões de pessoas, entre 20 e 79 anos, possuem a doença, segundo a nona edição do Atlas do Diabetes. O levantamento, produzido pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e publicado este ano, aponta ainda que cerca de 95.800 crianças e adolescentes menores de 20 anos brasileiros são diabéticos.

Além das restrições alimentares, essa população enfrenta ainda um problema muito comum: o ‘pé diabético’. Segundo Eliene Muro, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG), a glicemia elevada começa a danificar os nervos periféricos causando um problema chamado neuropatia diabética. “Quando a pessoa já tem outras alterações nos membros inferiores, como problemas vasculares, calos, micoses, rachaduras, isso pode fazer com que apareçam feridas nos pés que podem levar à amputação”, informa.

O ‘pé diabético’ está associado ao aumento da morbidade, mortalidade e custos para os pacientes, suas famílias e sociedade. Porém, uma avaliação rotineira dos pés pode garantir a intervenção precoce do problema evitando o surgimento das lesões.

Ciente disso, Eliene Muro trabalhou junto a um grupo de pesquisadores da Unifal-MG, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFsuldeminas) e desenvolveu o aplicativo ‘Cuidando do pé’. O software ajuda profissionais da saúde (enfermeiros, médicos, fisioterapeutas etc.) a identificar os sinais da doença, prevenindo a complicação. “É um método de avaliação dos pés que permite a realização de um exame detalhado de forma mais fácil. Por meio dele é possível que mais pessoas tenham seus pés avaliados, identificando os sinais da doença”, explica a pesquisadora Dra. Érika Chaves, da Unifal-MG.

Além de Eliene Muro e da Dra. Érika Chaves, participaram da pesquisa as professoras Dra. Denise Hollanda Iunes e a Dra. Juliana Bassalobre Carvalho Borges. O estudo contou ainda com o mestrando Ismael Muro e a acadêmica de Iniciação científica Ana Angélica Sepulvedra Godoy Munhoz.

Como funciona o App

O aplicativo funciona em etapas que o profissional de saúde deve seguir. Ao abrir o app em um celular, clicando no ícone ‘Pé diabético’, aparecerá a tela de apresentação com instruções de uso. “Logo no cantinho de baixo dessa tela, está escrito avançar, e toda vez que clicar nesse botão avançar vai para uma nova tela. Cada tela seguinte irá direcionar o profissional no que ele terá que perguntar ou avaliar no paciente”, informa Ismael Muro.

Ao final da avaliação, na última tela, o próprio aplicativo classifica o risco de o paciente desenvolver o ‘pé diabético’ e emite o laudo com todos os resultados referentes à avaliação. “Nesse laudo contém a classificação do risco que varia de 0 (baixo) a 3 (muito alto), as alterações encontradas que determinam esse risco, as recomendações e a frequência da avaliação que determina o tempo que o paciente deverá ser novamente avaliado”, conta a Dra. Érika Chaves.

No final, o aplicativo apresenta ainda as condutas a serem tomadas pelo profissional de acordo com o diagnóstico. Além disso, é possível enviar o laudo por e-mail.

O aplicativo foi registrado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), gerido pela Agência de Inovação e Empreendedorismo da Unifal-MG, IFsuldeminas e FAPEMIG, porém ainda não se encontra disponível para download. “Em breve ele será publicado no Play Store, a loja de aplicativo do Google, e assim todas as pessoas com celulares Android poderão acessá-lo”, informa o grupo.

Acesse a notícia completa na página da FAPEMIG.

Fonte: Tuany Alves, FAPEMIG. Imagem: Freepik.

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