Inovação Tecnológica
Implante ocular vitrocerâmico
Divulgação
Um material vitrocerâmico capaz de devolver o volume perdido do globo ocular de pessoas portadoras de doenças como tumor, trauma ou glaucoma é uma tecnologia recente desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Estadual Paulista (Unesp). A patente intitulada “Implante para repor volume em cavidades anoftálmicas em humanos ou animais, processo de obtenção do mesmo, dispositivo para fresamento de implantes e seu uso”, possibilitará a realização de cirurgias preservando maior quantidade de tecido ocular necessário para o ser humano. A tecnologia foi desenvolvida no Laboratório de Materiais Vítreos (LaMaV).
Quando o conteúdo ocular é retirado de uma pessoa, é necessário substituir o volume do gloo ocular afetado por um implante, preservando o convívio social do paciente sem o constrangimento de outras pessoas perceberem a cirurgia ou o uso da prótese. No caso desta tecnologia, uma das suas principais características se refere ao fato de ser um material integrável, ou seja, capaz de criar adesão ao tecido do paciente e, com isso, menos risco de perda e deslocamento do implante intraocular. A adesão de uma cerâmica cristalina sintética aos tecidos moles (cartilaginosos) ainda não era possível até o surgimento deste material denominado “biosilicato”.
Nesta tecnologia os pesquisadores desenvolveram canais ao longo da prótese cônica, com o objetivo de diminuir o peso, para obter melhor resposta biológica e aumentar a área de contato do implante com o hospedeiro e, assim, a integração entre eles.