Notícia
Fibrilação Atrial: novo modelo pode ajudar na decisão cirúrgica
Pesquisadores mostraram como os sinais elétricos caóticos subjacentes aos ritmos cardíacos irregulares podem legar ao fracasso das intervenções
Pixabay
Fonte
Imperial College de Londres
Data
segunda-feira, 9 dezembro 2019 14:20
Áreas
Medicina. Cirurgia. Cardiologia. Física Médica. Saúde Pública.
Ao modelar como os sinais elétricos no interior e no exterior do coração se movem através dos músculos, pesquisadores do Imperial College de Londres sugeriram por que a cirurgia corretiva para fibrilação atrial (FA) nem sempre é benéfica.
A nova técnica pode ajudar na indicação cirúrgica para alguns, visando melhorar as áreas do coração responsáveis pela alteração, e evitar cirurgias desnecessárias para outros, onde é improvável que a intervenção ajude.
A FA é a anormalidade do ritmo cardíaco mais comum e deve afetar cerca de dois por cento da população mundial até 2050. É a principal causa de acidente vascular cerebral, mas as opções de tratamento são limitadas.
O tratamento mais comum atualmente é uma cirurgia para “queimar” área específica do coração, que acredita-se ser a responsável pela irregularidade no batimento cardíaco. No entanto, a cirurgia, conhecida como ablação por cateter, é eficaz apenas em cerca de 50% dos pacientes.
Médicos nos EUA observaram recentemente que a FA está associada a diferentes padrões de pulsos elétricos no interior e no exterior do coração, que antes eram considerados incompatíveis.
Quando a cirurgia pode ajudar?
Uma equipe de físicos médicos e cardiologistas do Imperial College de Londres desenvolveu um modelo de Fibrilação Atrial que explica como esses padrões diferentes surgem e qual pode ser a sua causa. O modelo pode ainda ser usado para explicar por que alguns pacientes não se beneficiam da cirurgia de FA.
Por exemplo, o modelo prevê que o método atual de ablação pode falhar se as fontes subjacentes à FA se originarem na parte externa do coração. Para esses pacientes, a cirurgia pode ser otimizada para aumentar as chances de sucesso e reduzir os sintomas.
Atualmente, o modelo da equipe é baseado em teorias da física, que foram validadas por observações de pulsos elétricos em estudos anteriores.
Agora, os cientistas estão começando a trabalhar com dados reais de pacientes em tratamento para identificar em que parte do coração o alvo deve ser utilizado usando as técnicas cirúrgicas atuais. Isso pode aumentar a taxa de sucesso das técnicas atuais e reduzir o tempo necessário para que cada paciente seja submetido à cirurgia.
“Estamos realmente entusiasmados com as futuras aplicações clínicas potenciais de nossas descobertas para o tratamento personalizado da fibrilação atrial”, concluiu o Dr, Kim Christensen, professor do Imperial College de Londres que liderou a pesquisa.
O estudo foi publicado no dia 9 de dezembro na revista científica Physical Review E.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do Imperial College de Londres (em inglês).
Fonte: Hayley Dunning, Imperial College de Londres. Imagem: Pixabay.
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