Notícia
Projeto da UFPR que criou código de cores para deficientes visuais firma parceria com centro de referência de inclusão
Sistema universal de códigos de cores para deficientes visuais é baseado no Sistema Braille
Divulgação, UFPR
Fonte
UFPR | Universidade Federal do Paraná
Data
segunda-feira, 2 dezembro 2019 12:50
Áreas
Biomecânica. Inclusão Social.
Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) responsáveis pelo desenvolvimento do See Color – sistema universal de códigos de cores para deficientes visuais, baseado no Sistema Braille – firmaram um termo de parceria com o Instituto Benjamin Constant, considerado um centro de referência na área de inclusão de deficientes visuais.
A idealizadora do projeto e pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Design, Dra. Sandra Regina Marchi, conta que o Instituto aprovou o trabalho e validou a parceria. “Eles estão utilizando o nosso trabalho como material pedagógico. Nós temos autorização para usar a logomarca deles, representando uma validação em termos nacionais, bem como a troca de experiência”, explica. “Dessa forma, a UFPR associa-se ao centro de referência nacional e da América do Sul”.
O projeto recebeu o prêmio “Viva Inclusão”, da prefeitura municipal de Curitiba em 2018, e também foi selecionado como destaque para as comemorações do aniversário de 107 anos da UFPR, que acontecem no próximo dia 11 de dezembro.
Sistema See Color
A intenção do See Color é ajudar pessoas com deficiência visual a identificarem cores de forma simplificada. O trabalho diferencia-se de outros códigos de cores já existentes mundialmente por ser baseado no Sistema Braille, sendo uma codificação universal e tátil, enquanto os outros são de uso mais regional e de pouca internacionalização.
O See Color foi projetado em 2015, durante o doutorado da pesquisadora em Engenharia Mecânica, e o estudo se baseou em formas didáticas e universais de demonstrar as cores. Protótipos do Sistema de Código de Cores foram confeccionados por meio de software de modelagem sólida com o auxílio de alunos de iniciação científica de Engenharia Mecânica, e depois foram feitos testes de aplicabilidade com deficientes visuais. Sandra foi orientada pelos professores da UFPR, Dra. Maria Lúcia Leite Ribeiro Okimoto e Dr. Ramón Sigifredo Cortés Paredes, e pelo professor Dr. Milton José Cinelli da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC).
A codificação é formada por dois polígonos, sendo o primeiro de cores primárias sobreposto por um de cores secundárias. A distribuição é ensinada a partir de uma lógica de ponteiros de relógio, em que as extremidades ficam com as cores primárias e as medianas ficam com as suas formações; por exemplo: 12h o vermelho, 2h o laranja, 4h o amarelo, 6h o verde, 8h o azul e 10h o roxo. Todos os símbolos têm ainda um ponto (.) que posiciona-se como o centro de um relógio e um traço (-) que funciona como o ponteiro.
O código pode ser impresso diretamente sobre objetos, obras de arte, etiquetas e embalagens em geral, dando mais acessibilidade e independência aos usuários que irão tatear a codificação.
Acesse a notícia completa na página da UFPR.
Fonte: Superintendência de Comunicação Social da UFPR. Imagem: Divulgação, UFPR.
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