Notícia

Osteoporose pode ser prevenida, ainda na adolescência, com atividade física

Estudo analisou 118 adolescentes, com idades entre 10 e 14 anos

Érico Xavier, FAPEAM

Fonte

FAPEAM | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

Data

sexta-feira, 20 setembro 2019 10:35

Áreas

Educação Física. Biomecânica. Ortopedia.

A prática de atividade física vigorosa e de alto impacto apresenta maior associação com a massa óssea. As fases da infância e adolescência são fundamentais para maior aquisição e manutenção da massa óssea, e esse depósito desempenha um fator importante na prevenção da osteoporose na fase adulta e terceira idade, é o que aponta um estudo científico apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

O projeto “Massa óssea em adolescentes: Qual a relação com atividade física e composição corporal?” é resultado da dissertação de mestrado de Hector Colares, e foi amparado pelo Programa de Bolsas de Pós-Graduação em Instituições fora do Estado do Amazonas (PROPG-AM), em Edital de 2015.

A osteoporose é uma doença metabólica sistêmica caracterizada pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, e tem como principal característica a fragilidade esquelética com risco de fraturas osteoporóticas na velhice. Atividades físicas regulares como, por exemplo, saltos, corridas e musculação são benéficas para saúde óssea porque desenvolvem entre outros fatores a massa magra que pode influenciar positivamente a massa óssea.

Durante a infância e, especialmente, durante a adolescência, ocorre um processo chamado de pico de massa óssea, que é caracterizado pela maior aquisição de massa óssea nessa fase da vida, e que consiste na incorporação de minerais, como cálcio e fósforo, aos ossos. Esse processo torna os ossos resistentes e prontos para exercer algumas de suas funções no corpo: proteção e sustentação.

Esses depósitos de massa óssea, acumulados na adolescência, acompanham o indivíduo até a fase adulta, quando naturalmente os níveis de massa óssea começam a diminuir e podem tornar a pessoa mais vulnerável a desenvolver a osteoporose.

“Se a massa óssea construída ao longo da adolescência for baixa ou se tiver diminuição acentuada nesse período, a fragilidade e as fraturas ósseas podem ocorrer”, esclareceu Hector Colares.  

Método

A coleta de dados foi realizada durante o período de 2016 e 2017, com 118 adolescentes, com idades entre 10 e 14 anos, tomando como base os limites cronológicos da adolescência, definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que estabelece que adolescentes são indivíduos na faixa etária entre 10 e 19 anos de idade.

Na investigação foram avaliados 59 indivíduos do grupo controle (adolescentes com peso normal segundo o Índice de Massa Corporal – IMC) e 59 indivíduos do grupo caso (adolescentes com sobrepeso segundo o IMC).

Para medir a composição corporal (massa óssea, massa magra e massa de gordura) dos adolescentes foi utilizado método padrão ouro, conhecido por Absorciometria por dupla emissão de raios-X, também conhecido como “DEXA”, que faz o exame de imagem (ultrassonografia) por emissão de raios x de dupla energia.

O pesquisador explica que a DXA calcula a massa óssea em gramas por corpo ou determinado segmento de um indivíduo. Com essa informação é possível verificar se o conteúdo mineral ósseo apresenta valores normais ou se a pessoa tem o risco de desenvolver osteoporose na fase adulta ou na velhice.

Quando analisado qual das variáveis antropométricas (massa gorda ou massa magra) teriam maior fator de explicação para a massa óssea dos adolescentes, verificou-se que de maneira geral a massa magra foi a variável mais importante como determinante da massa óssea em adolescentes saudáveis. Com isso, pode-se sugerir que atividades que estimulem a massa magra têm elevada importância no estímulo da massa óssea.

Acesse a notícia completa na página da FAPEAM.

Fonte: Helen de Melo, FAPEAM. Imagem: Érico Xavier, FAPEAM.

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