Notícia

Terapia antimicrobiana pode prevenir sepse em pacientes com pneumonia

Pesquisa faz descobertas sobre a fase inicial da doença infecciosa e o potencial para prevenção de septicemia pneumocócica

 

Universidade de Leicester

Fonte

Universidade de Leicester

Data

quinta-feira, 19 abril 2018 11:30

Áreas

Microbiologia. Pneumologia.

A terapia antimicrobiana dirigida a células específicas do sistema imunológico pode prevenir a sepse e doenças com risco de vida em pessoas que sofrem de pneumonia, mostrou uma nova pesquisa liderada por cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Uma terapia antimicrobiana pode matar ou inibir o crescimento de microorganismos, como bactérias, fungos ou protozoários. A pesquisa, publicada na revista científica Nature Microbiology, identifica como a bactéria que causa pneumonia se replica dentro do nosso sistema imunológico durante os estágios iniciais da infecção.

Uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor Marco Oggioni, do Departamento de Genética e Biologia do Genoma, descobriu que logo após a infecção inicial, a bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo) se replica dentro de um certo subconjunto de células imunes em nossos corpos – um subgrupo de macrófagos esplênicos. antes de causar a doença invasiva e muitas vezes fatal.

Esta replicação intracelular protege a bactéria de ser atacada e morta por outras células do sistema imunológico e também da atividade dos antibióticos mais comumente usados. A pesquisa também mostra que a terapia antimicrobiana, especificamente direcionada para abortar essa fase de replicação intracelular, pode prevenir a ocorrência de septicemia pneumocócica, que é comum em muitos pacientes que sofrem de pneumonia.

“Entender as infecções é importante para determinar a melhor forma de tratar uma infecção”, diz o Dr. Marco Oggioni, que também é biólogo consultor dos Hospitais de Leicester. “Nosso trabalho mostra que podemos tratar infecções potencialmente fatais de forma mais eficaz usando antibióticos que já estão disponíveis”.

“Ao descobrir o mecanismo de como e onde as bactérias iniciam a doença, achamos que podemos dar uma mensagem forte à comunidade médica para estimular a revisão das terapias usadas atualmente e isso poderia resultar em uma redução da carga de doenças e mortalidade no Reino Unido e globalmente também.”, conclui o pesquisador.

Acesse a notícia completa da Universidade de Leicester (em inglês).

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Fonte: Universidade de Leicester. Imagem: Divulgação, Universidade de Leicester.

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