Notícia
Startup desenvolve máscara reutilizável com maior proteção contra novo coronavírus
Material possui partículas à base de sílica e prata com propriedades antimicrobianas e antifúngicas que dificultam a adesão do SARS-CoV-2 na superfície
Divulgação, Nanox
Fonte
Agência FAPESP
Data
segunda-feira, 20 abril 2020 12:05
Áreas
Biomecânica. Nanotecnologia. Saúde Pública.
A startup paulista Nanox desenvolveu em parceria com a indústria de plásticos Elka uma máscara reutilizável que promete conferir maior nível de proteção contra a contaminação pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2. A máscara é feita com um polímero flexível – semelhante a uma borracha –, moldável aos contornos do rosto e com micropartículas à base de sílica e prata incorporadas à superfície do material.
Desenvolvidas por meio de projetos apoiados pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), as partículas têm propriedades antimicrobianas.
“As micropartículas de prata e sílica aumentam o nível de proteção ao impedir a presença na máscara de fungos e bactérias, que podem facilitar a adesão do novo coronavírus na superfície de materiais”, disse à Agência FAPESP o Dr. Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox.
A fim de garantir a proteção contra o SARS-CoV-2, a máscara é totalmente esterilizável por meio da lavagem com água e sabão antes e após o uso.
Para proteger as vias respiratórias, o equipamento de proteção individual possui dois filtros descartáveis do tipo PFF2, similares ao do tipo N95 presente nas máscaras usadas hoje pelos profissionais de saúde. Os filtros são inseridos em respiradores nas laterais da máscara e protegidos por tampas, que impedem o contato físico e a contaminação pelo toque direto com as mãos.
A quantidade de material necessário para produzir os filtros também é muito inferior à utilizada para produção das máscaras convencionais, compara o Dr. Luiz Simões. “O tempo para substituição dos filtros precisará ser estabelecido pelos serviços de saúde”, pondera.
De acordo com o Dr. Luiz Simões, os filtros da máscara atendem aos requisitos para fornecedores de matérias-primas presentes em produtos absorventes descartáveis de uso externo, estabelecidos na RDC 142 do Ministério da Saúde.
O material também passou por testes de eficiência de filtragem bacteriológica (BFE, na sigla em inglês) – que determinam a eficiência da filtração bacteriana de um produto –, alcançando o valor mínimo de 95% requerido pela regulamentação técnica para máscaras respiratórias do tipo N95.
“A meta é obter posteriormente a certificação do material como PFF2, equivalente a N95. Mas o produto já pode ser comercializado porque, em razão da pandemia do novo coronavírus, a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] flexibilizou as normas para fabricação de alguns produtos voltados ao combate da COVID-19. Isso possibilitou que a Elka fabricasse as máscaras”, explica Simões.
Inicialmente serão produzidas 200 mil máscaras, cujo custo unitário é estimado entre R$ 20 e R$ 30. Está previsto que as primeiras unidades serão entregues no início de maio.
A empresa Elka pretende doar até 10% da produção para instituições de saúde.
Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.
Fonte: Elton Alisson, Agência FAPESP. Imagem: Divulgação, Nanox.
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