Notícia
“Plug and Play”: primeira prótese de braço pronta para uso do mundo
Paciente é capaz de perceber os dedos da prótese individualmente em tempo real
Divulgação, Universidade Médica de Viena
Fonte
Universidade Médica de Viena
Data
quarta-feira, 6 maio 2020 13:30
Áreas
Bioeletrônica. Biomecânica. Engenharia Biomédica. Medicina. Ortopedia.
A equipe de pesquisa do Laboratório Clínico para Reconstrução de Membros Biônicos do Departamento de Cirurgia da Universidade Médica de Viena (MedUni Viena), na Áustria, em colaboração com o Centro de Biônica Extrema do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, e com o Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, acaba de apresentar o próximo marco no desenvolvimento de próteses de braço: a primeira prótese biônica totalmente integrada e pronta para uso – de acordo com o conceito “plug and play”. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica New England Journal of Medicine.
“A principal vantagem deste sistema, e o que o torna inédito no mundo, é que todos os componentes são implantados diretamente no local da amputação com um circuito de controle em malha fechada. As informações são inseridas na prótese e depois vão para o cérebro. A transmissão de sinal da prótese para o coto e através de interfaces nervosas específicas para o cérebro da pessoa é tão detalhada que o paciente é capaz de perceber os dedos da prótese individualmente em tempo real, por exemplo”, destaca o Dr. Oskar Aszmann, líder do projeto na Universidade Médica de Viena.
Sensores incorporados em uma prótese da empresa Otto Bock, parceira comercial da MedUni Vienna, são diretamente acoplados às vias neurais apropriadas para criar um sistema “plug and play” fácil de usar, segundo o Dr. Aszmann. Nas reconstruções biônicas anteriores, alguns pacientes precisavam de semanas ou meses de treinamento antes de poderem usar a prótese adequadamente.
Conectando a prótese diretamente aos nervos
É necessário um procedimento cirúrgico com duração de 6 a 8 horas. Durante esse procedimento, um implante de titânio é colocado nos ossos da parte superior do braço e os nervos são conectados com um novo sistema desenvolvido em conjunto com as universidades Harvard, MIT e Chalmers, de modo que os sinais chegam diretamente na prótese e são conduzidos novamente a partir daí. Pela primeira vez, esse sistema é independente e tudo acontece diretamente no braço. A bateria é inserida diretamente na prótese e pode ser facilmente removida à noite para recarregar.
“Desenvolvemos esse sistema nos últimos quatro anos e também estamos extremamente satisfeitos com a estabilidade em longo prazo da transmissão do sinal”, concluiu o Dr. Aszmann.
Até o momento, a prótese foi utilizada em quatro pacientes do sexo masculino que sofreram amputações no braço.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da MedUni Viena.
Fonte: Universidade Médica de Viena. Imagem: Divulgação, Universidade Médica de Viena
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