Notícia

Pesquisadores desenvolvem sistema que permite que monitores de glicose consigam detectar anticorpos COVID-19

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Fonte

Universidade Johns Hopkins

Data

sexta-feira, 25 setembro 2020 10:50

Áreas

Bioquímica. Biotecnologia. Engenharia Biomédica. Saúde Pública.

Um trio de cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, – um farmacologista, um engenheiro biomédico e um biofísico – está juntando seus conhecimentos para projetar um sistema que pode detectar se uma pessoa tem anticorpos ligados ao SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19. Os anticorpos são proteínas minúsculas que o sistema imunológico produz para “lembrar” encontros virais e fornecer imunidade a infecções futuras.

Para desenvolver um detector de anticorpos que possa ser implantado de forma rápida e econômica em todo o mundo, os pesquisadores se inspiraram em um teste que já é usado por milhões de pessoas: um monitor de glicose.

Pessoas com diabetes usam monitores de glicose para medir a concentração de açúcar no sangue (a glicemia), colocando uma pequena amostra de sangue do dedo em uma tira de teste que é inserida no dispositivo. Esse mesmo tipo de ferramenta poderia ser reconfigurado para detectar glicose em uma série de reações químicas que ocorrem quando anticorpos são detectados no sangue, afirmam os pesquisadores, liderados pelo Dr. Netz Arroyo, professor de farmacologia e ciências moleculares; Dra. Jamie Spangler, professora de engenharia biomédica; e Dr. Taekjip Ha,  professor  de biofísica e engenharia biomédica da Universidade Johns Hopkins.

Primeiro, os pesquisadores desenvolveram uma tira de teste que contém a proteína “spike” da superfície do vírus SARS-CoV-2. Eles adicionam uma gota de sangue de um paciente e as proteínas spike na tira de teste se ligam aos anticorpos relacionados ao COVID-19 presentes no sangue. Em seguida, os pesquisadores mergulham a tira em um tubo com uma enzima que se liga aos anticorpos COVID-19.

Depois de descartar o excesso de enzima, os cientistas inserem a tira em uma solução contendo uma molécula que é transformada pela enzima em glicose. Finalmente, um monitor de glicose comercial lê a quantidade de glicose presente na tira de teste, que é como um “substituto” para os anticorpos COVID-19 presentes na amostra de sangue do paciente.

“Trabalhar neste projeto tem sido uma oportunidade incrível de interagir com colegas da Johns Hopkins, aprender com eles e fazer um brainstorm juntos para produzir soluções criativas que atendam às necessidades críticas geradas pela atual pandemia COVID-19. Aprendendo com o presente e planejando para o futuro, estamos buscando o desenvolvimento de uma plataforma de biossensores que nos ajudará a monitorar melhor a disseminação da infecção para as epidemias atuais e futuras”, concluiu o Dr. Arroyo.

Os pesquisadores continuam refinando e testando a tecnologia, cujo pedido de patente já foi realizado.

Acesse a notícia na página da Universidade Johns Hopkins (em inglês).

Fonte: Vanessa Wasta, Universidade Johns Hopkins. Imagem: Freepik.

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