Notícia
Novo protótipo de ventilador mecânico (com acesso livre) facilita produção em larga escala
Equipe interdisciplinar de engenheiros e médicos está estudando maneiras de aumentar a capacidade do Reino Unido na fabricação de ventiladores para tratamento intensivo
Divulgação, Universidade de Oxford
Fonte
Universidade de Oxford
Data
sábado, 21 março 2020 14:20
Áreas
Biomecânica. Engenharia Biomédica. Medicina Intensiva. Pneumologia. Saúde Pública.
Engenheiros, anestesistas e cirurgiões da Universidade de Oxford e do King’s College de Londres, no Reino Unido, estão construindo e testando protótipos que podem ser fabricados usando técnicas e ferramentas disponíveis em oficinas bem equipadas de universidades e pequenas e médias empresas (PME).
A equipe, liderada pelos professores Dr. Andrew Farmery, Dr. Mark Thompson e Dr. Alfonso Castrejon-Pita, da Universidade de Oxford, e pelo Dr. Federico Formenti do King’s College de Londres, está trabalhando para definir novos mecanismos de operação que atendam às especificações necessárias para uma função segura e confiável. O projeto visa explorar componentes e equipamentos que fiquem prontamente disponíveis para uso.
Os pesquisadores estão trabalhando em resposta às chamadas do governo do Reino Unido para aumentar a capacidade de fabricação de ventiladores do país devido ao COVID-19. Será necessário demonstrar segurança e confiabilidade e obter aprovação regulamentar do projeto de fonte aberta. Assim que isso a solução for definida, a abordagem poderá liberar o potencial de um novo tipo de esforço de fabricação dos equipamentos.
A coordenação do governo e a seleção competitiva e rápida dos melhores conceitos de design permitirão que universidades, PMEs e grandes indústrias façam e montem esses ventiladores perto de seus serviços locais. Isso pode permitir o dimensionamento local de acordo com a demanda e reduzir o estresse na distribuição dos equipamentos.
O professor Thompson, do Departamento de Ciências da Engenharia de Oxford, explica: “Essa situação extraordinária exige uma resposta extraordinária e estamos reunindo todos os talentos em uma equipe excepcional, combinando décadas de experiência em pesquisas clínicas, e técnicos inovadores, brilhantes e altamente qualificados”.
“Normalmente, desenvolver um dispositivo médico como esse seria uma tarefa enorme e levaria anos. Projetamos um ventilador simples e robusto que servirá à tarefa específica de gerenciar os pacientes mais doentes durante esta crise. Ao reunir os conhecimentos disponíveis dentro e fora da Universidade e disponibilizar o projeto gratuitamente aos fabricantes locais, temos o prazer de responder a esse desafio bem rapidamente”, argumenta o professor Andrew Farmery, do Departamento de Neurociências Clínicas de Oxford.
Em questão de semanas, espera-se que seja desenvolvido um protótipo que atenda aos requisitos da MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para Assistência Médica do Reino Unido), e os cientistas acreditam que uma rede de fabricação em escala possa ser alcançada dentro de 2 a 3 meses.
O Departamento de Ciência da Engenharia de Oxford se comprometeu a apoiar os esforços de prototipagem e a equipe está procurando opções para desenvolver a aprovação regulatória. As próximas etapas são garantir que o protótipo seja aceito por todas as partes interessadas, especialmente a equipe de saúde, e demonstrar conformidade com os requisitos de desempenho, segurança e confiabilidade da MHRA.
“Os parceiros acadêmicos podem disponibilizar gratuitamente os desenhos para download e também vídeos passo a passo e guias para montagem, bem como vídeos para facilitar o treinamento e o uso”, disse o professor Mark Thompson.
O King’s College de Londres ofereceu o uso de suas oficinas para fabricar componentes sob medida ou com impressão 3D.
“Pensando além da pandemia atual, também pretendemos compartilhar o conhecimento e o refinamento dessa abordagem relativamente barata com outros países”, concluiu o Dr. Federico Formenti.
Acesse a página web do projeto (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Oxford (em inglês).
Fonte: Universidade de Oxford. Imagem: Protótipo em desenvolvimento. Fonte: Divulgação, Universidade de Oxford.
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