Notícia
Novo dispositivo pode detectar lesão cerebral traumática no local do atendimento
Cientistas da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, desenvolveram solução simples, rápida e de baixo custo para detectar lesão cerebral traumática no local de atendimento do paciente
Pixabay
Fonte
Universidade de Birmingham
Data
quarta-feira, 14 outubro 2020 15:40
Áreas
Bioquímica. Engenharia Biomédica. Nanotecnologia. Neurociências,
Usando biomarcadores químicos liberados pelo cérebro imediatamente após a ocorrência de um ferimento na cabeça, pesquisadores foram capazes de identificar quando os pacientes precisam de atenção médica urgente. Isso economiza tempo no fornecimento de tratamento vital e evita que os pacientes sejam submetidos a testes desnecessários onde não ocorreu nenhum ferimento.
A técnica foi desenvolvida por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores do Grupo de Nanomateriais Avançados, Estruturas e Aplicações (ANMSA) da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, liderados pela Dra. Pola Goldberg Oppenheimer.
Após um estudo de prova de conceito, o grupo concluiu agora o programa de comercialização de inovações da Innovate UK (iCURE), para identificar rotas de comercialização para a técnica, identificando potenciais parceiros em oito países.
O método funciona usando uma técnica espectroscópica chamada espalhamento Raman intensificado por superfície, em que um feixe de luz é “disparado” no biomarcador. O biomarcador, retirado de uma amostra de sangue, é preparado ao ser inserido em um chip optofluídico especial, onde o plasma sanguíneo é separado e flui sobre uma superfície altamente especializada. A luz faz com que o biomarcador vibre ou gire e esse movimento pode ser medido, dando uma indicação precisa do nível de lesão que ocorreu.
Para produzir o nível de precisão exigido, o teste precisa ser extremamente sensível, rápido e específico e é aqui que a experiência em Engenharia Biomédica do grupo ANMSA da Universidade de Birmingham se destaca. A chave para a sensibilidade está na maneira como os biomarcadores interagem com a superfície. A equipe desenvolveu uma plataforma de baixo custo, feita de polímero e coberta com uma fina película de ouro. Essa estrutura é então submetida a um forte campo elétrico, que redistribui o filme em um padrão distinto, otimizado para entrar em ressonância com o feixe de luz.
“Esta é uma técnica relativamente simples e rápida que oferece um baixo custo, mas uma maneira altamente precisa de avaliar lesão cerebral traumática, que até agora não tinha sido possível”, destacou a Dra. Pola Oppenheimer.
Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nature Biomedical Engineering.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Birmingham (em inglês).
Fonte: Universidade de Birmingham. Imagem: Pixabay.
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