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Formação do profissional de enfermagem: serão necessárias mudanças no pós pandemia?
A pandemia global está apresentando uma questão importante, à medida que o mundo continua aprendendo com seu impacto: como isso afetará o treinamento e a formação dos enfermeiros?
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Milhares de estudantes de enfermagem se formam a cada ano. Durante os cursos, são ensinadas técnicas, normas de segurança e como deve ser o atendimento ao paciente. Os estudantes aprendem aspectos importantes sobre como ajudar as pessoas e também a lidar com eventos inesperados, o que pode incluir treinamento e gerenciamento de desastres.
Mas como está sendo para as enfermeiras e enfermeiros na linha de frente da pandemia da COVID-19?
“Eles estão exaustos. Eles estão cansados. Eles estão estressados. É assustador”, disse a professora Dra. Corinne Hart, que trabalhou por muitos anos como enfermeira de saúde pública e atualmente ensina teoria e prática de enfermagem em saúde da comunidade como professora de estudantes do terceiro ano na Universidade Ryerson, no Canadá.
A Dra. Corinne Hart destacou que os enfermeiros da linha de frente estão simplesmente resistindo e indo trabalhar: “Eles estão fazendo o seu trabalho.”
A pandemia global está apresentando uma questão importante, à medida que o mundo continua aprendendo com seu impacto: como isso afetará o treinamento e a formação dos enfermeiros?
“Enfermeiros nas linhas de frente estão sendo colocados em situações assustadoras. Teremos que responder a isso, ajudando os alunos a adquirir as ferramentas necessárias para estarem melhor preparados para uma situação dessas”, enfatizou a Dra. Corinne, que observou que isso inclui mais treinamento em como lidar com eventos inesperados sob a perspectiva moral, ética e do autocuidado.
Em termos de preparação para a força de trabalho, os enfermeiros são ensinados a pensar criticamente para que possam julgar e tomar decisões éticas.
“O que precisa acontecer agora é uma conversa muito mais reflexiva e honesta sobre o que fazer quando você passa por situações desconfortáveis, assustadoras ou que envolvam risco de vida. Os enfermeiros já são bons em cuidados, mas teremos que incorporar mais ferramentas em psicologia e resiliência”, completou a Dra. Corinne.
A importância do autocuidado também precisará ser rediscutida. A professora sabe que as enfermeiras e enfermeiros tendem a continuar até o limite em que eles mesmo podem ficar doentes.
Embora seja difícil fazer previsões no meio de um problema de saúde global, é claro que essa crise sem precedentes aumenta a conscientização sobre o que mais é necessário para preparar os enfermeiros para futuras pandemias.
“Devemos aos nossos alunos o que não ensinamos o suficiente e devemos incorporar isso. Devemos isso às pessoas que estarão lá nos serviços de saúde e nas linhas de frente”, concluiu a professora Corinne.
Acesse a notícia na página da Universidade Ryerson (em inglês).
Fonte: Jessica Leach, Universidade Ryerson. Imagem: Shutterstock.
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