Notícia
Estudo constata declínio em ataques cardíacos e derrames em diabéticos tipo 2
Estudo analisou dados coletados a partir de participantes e registros hospitalares em duas fases do Estudo de Diabetes de Fremantle, com 15 anos de diferença entre cada fase
Getty Images
Fonte
Universidade da Austrália Ocidental
Data
sexta-feira, 1 maio 2020 15:10
Áreas
Medicina. Saúde Pública.
Um estudo da Universidade da Austrália Ocidental e do Hospital Fremantle, na Austrália, descobriu que a taxa de ataques cardíacos, AVCs (derrames) e outras complicações cardiovasculares melhorou em pessoas com diabetes nos últimos 20 anos.
Publicado na revista científica Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, o estudo analisou dados coletados a partir de participantes e registros hospitalares em duas fases do Estudo de Diabetes de Fremantle, com 15 anos de diferença entre cada fase.
A primeira fase coletou dados entre 1993 e 2001 e a segunda entre 2008 e 2016. Mais de 13.000 participantes participaram dos estudos combinados – 2.800 com diabetes tipo 2 e 11.195 indivíduos sem a doença.
O diabetes é uma das condições crônicas com maior crescimento de casos no mundo, com mais de 463 milhões de adultos afetados globalmente, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes. Pessoas com diabetes têm um risco muito maior de ataques cardíacos, derrames, insuficiência cardíaca e amputações.
O professor Dr. Tim Davis, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Universidade da Austrália Ocidental e do Hospital Fremantle, disse que é importante entender melhor como as pessoas com diabetes estão sendo afetadas por problemas cardiovasculares. “Nosso estudo descobriu que a taxa de complicações cardiovasculares entre indivíduos com diabetes diminuiu nas últimas duas décadas, o que é uma boa notícia. E embora tenhamos visto melhorias nos resultados de doenças cardiovasculares na população em geral no mesmo período, os ganhos em indivíduos com diabetes ultrapassaram aqueles da população em geral nesse período. Isso ficou evidente ao comparar a segunda fase do estudo com a primeira”, destacou o professor Davis.
Embora isso provavelmente represente um melhor gerenciamento do diabetes e outros fatores de risco cardiovascular, parte da melhoria é inexplicável. Provavelmente, isso representa uma detecção mais precoce e um limiar mais baixo de glicose no sangue para o diagnóstico, mas também uma melhor adesão ao estilo de vida saudável.
“No caso de ataques cardíacos e derrames, as taxas desses eventos caíram mais do que pela metade nos participantes com diabetes tipo 2. Pessoas com e sem diabetes tiveram ganhos na expectativa de vida, mas a diferença entre os dois grupos não mudou ao longo do tempo”, disse o especialista.
O professor Davis disse que, embora as perspectivas para as pessoas com diabetes nos países desenvolvidos melhorem significativamente, ainda é preocupante que a taxa de mortalidade entre as pessoas com diabetes seja pior do que a população em geral.
“A tendência mostra que ainda precisamos monitorar condições como câncer e demência, que podem se tornar um problema para as pessoas com diabetes mais tarde na vida. A esperança é que possamos continuar diminuindo a diferença para que o diabetes não seja mais considerado um fator de risco cardiovascular se for administrado de forma adequada e intensiva”, concluiu o Dr. Tim Davis.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade da Austrália Ocidental (em inglês).
Fonte: Jess Reid, Universidade da Austrália Ocidental. Imagem: Getty Images.
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